Para agendar a Defesa de Tese:
A Defesa de Tese deve ser agendada no sistema SIGA (DAC/UNICAMP), através de uma série de procedimentos que podem ser observados no Manual de Defesa de Dissertação/Tese - clique aqui.
Este estudo propõe uma reflexão sobre as relações entre homens e feminismos no contexto brasileiro, mapeando definições e tensões primeiramente a partir de um conjunto de instituições e sujeitos ligados à Rede de Homens pela Equidade de Gênero (RHEG). A RHEG é constituída por indivíduos que transitam entre academia, organizações da sociedade civil e movimento social, produzindo e sendo produzidos pela discussão sobre homens e masculinidades e pelas teorias e ativismos feministas a partir do final dos anos 1990. Em um segundo momento, a pesquisa interroga questões que extrapolam a RHEG e assumem maior destaque a partir da segunda metade dos anos 2010, com a expansão do debate público sobre masculinidades no Brasil. Com isso, investiga as maneiras pelas quais as políticas de gênero produzem homens e masculinidades a partir de diferentes referenciais e contextos, tendo a internet e as redes sociais como importante meio de proliferação e como campo a partir do qual não só conteúdos são produzidos, mas produtos são comercializados. Por fim, evoca as relações entre homens e feminismos negros e homens e transgeneridades para pensar com e para além dos feminismos. Em última análise, a pesquisa se propõe a verificar a forma como uma série de sujeitos produz sentidos múltiplos em torno de categorias como “feminismo”, “equidade”, “gênero”, “homem”, “mulher” e “experiência”, em um movimento que produz tanto legitimidades quanto exclusões. A pertinência do estudo se constrói diante da escassez de investigações que reflitam sistematicamente sobre a relação entre homens e feminismos no Brasil, bem como sobre a constituição de um campo de homens, mulheres e pessoas não-binárias trabalhando com a temática das masculinidades em nosso país. Os métodos de investigação utilizados estão centrados no acompanhamento de instituições e sujeitos que atuam com homens e masculinidades em diferentes regiões do Brasil. Tal acompanhamento se dá através da realização de entrevistas, etnografia de eventos e reuniões e etnografia digital, assim como através de materiais produzidos por e com os sujeitos e instituições acompanhados durante a pesquisa.