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Ações Afirmativas

Histórico

  A implementação das políticas afirmativas no PPGAS  da Unicamp foi resultado de uma articulação ampla, em que se destaca a atuação da Frente Pró-Cotas e do Núcleo de Consciência Negra da Unicamp, que foi fundamental para que se aprovasse no início de 2015 a política de cotas para os cursos de pós-graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH), onde o nosso Programa se encontra. O estabelecimento de reserva de vaga para pessoas negras e para indígenas no PPGAS, foram implementadas para o curso de Doutorado no edital do processo seletivo de 2015, progredindo para Mestrado e Doutorado no edital de 2016.

  É importante destacar que tudo isso acontece no contexto em que se tem no âmbito federal a Lei nº 12.711/2012, que estabelece cotas em todas as instituições federais de ensino superior para estudantes de escolas públicas, com recorte racial e de renda. Ainda que a lei não se refira aos programas de pós-graduação e não inclua as universidades estaduais, consideramos que o contexto nacional teve um impacto no processo que se desenrolou na Unicamp, resultando, entre outros, no estabelecimento de reserva de vaga para pessoas negras e indígenas na pós-graduação do IFCH em 2015. Mais à frente esse processo resultaria nas reservas de vaga para pessoas negras e, adiante, no vestibular indígena para a graduação a partir de 2019.

  Em 2020, aprovamos também a reserva de uma vaga para pessoas trans no Mestrado e no Doutorado no PPGAS, pela demanda do nosso corpo discente e como resultado da presença e atuação de pessoas trans no nosso Programa. Essa demanda se constrói num momento em essa política já ocorre em outras universidades, em que emergem cursos pré-vestibulares para pessoas trans e em que a Unicamp passa a incorporar políticas de reconhecimento da identidade de gênero.

Estrutura da Política Afirmativa

  Nosso processo seletivo estabelece vagas adicionais para negros e garante a presença em todas etapas de um mínimo de 25% de optantes durante todo o processo. No caso de pessoas trans, optantes contam com vaga suplementar estabelecida em edital para doutorado e mestrado. Para indígenas há um edital específico, formulado a partir das singularidades das demandas e contextos dessas populações.

Avaliação Interna das Políticas Afirmartivas no Quadriênio 2017-2020

  No quadriênio tivemos 88 ingressantes, dos quais 18 cotistas negros e 1 indígenas. Em 2020 realizamos uma avaliação crítica sobre esse ponto, o que nos levou a realizar um evento "Reflexões sobre as políticas afirmativas no PPGAS-Unicamp”, bem como a organização pelos discentes das pré-jornadas John Monteiro 2020 sobre políticas afirmativas, com mesas sobre as especificidades de inserção e permanência de pessoas negras, trans e indígenas .

  Após essa primeira avaliação crítica, tivemos um efeito positivo no processo de ingresso 2020/2021 com um aumento de cotistas, entraram: 9 negros, 2 indígenas e 1 pessoa trans no total de 28 ingressantes.