Esta linha cobre a etnologia em um sentido amplo e plural, desde os campos do americanismo (com ênfase nas Terras Baixas da América do Sul) e do africanismo, até o campo daquelas populações que, historicamente invisibilizadas ou abordadas como “campesinato”, reivindicam reconhecimento tendo como referência suas particularidades étnicas e cosmológicas, como as populações afroamericanas (quilombos, palenques, cimarrones) e os chamados povos tradicionais. Os interesses da linha podem ser distribuídos por quatro grandes campos interconectados: A) a análise de discurso, cosmologia e religião, estética, mitologia e ritual, gênero, parentesco e organização social; B) a sociogênese e micro-história social desses coletivos, suas concepções de história e memória, e o desenvolvimento das políticas públicas específicas para esses segmentos, como o indigenismo; C) as questões relativas às formas de espacialização e territorialização, mobilidade, sobreposições territoriais, concepções da natureza e gestão de recursos e, finalmente, os embates relativos a terras, sua regularização fundiária e a relação com o Estado; e D) as organizações políticas contemporâneas de caráter étnico, debates sobre as formas oficiais de reconhecimento nos campos da saúde, educação, assim como as novas formas de protagonismo nas artes, museus e nas próprias ciências humanas e sociais.
Sub-Linhas:
- Estudos Ameríndios
- Estudos Afro-Orientais
- Estudos Afroamericanos e Quilombos
- Campesinato e populações tradicionais