O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social está articulado em dois níveis, Mestrado e Doutorado, sendo composto por uma única área de concentração – Antropologia Social – e quatro linhas de ensino e pesquisa que cobrem um leque amplo de objetos e de campos de investigação. Assim concebido, ele tem sido um espaço fecundo para o ensino, a pesquisa e o debate em domínios que vão do estudo etnográfico e histórico das sociedades indígenas e tradicionais à análise de conflitos e transformações do mundo contemporâneo, passando por temas como natureza e técnica, diferença e identidade, corpo e sexualidade, gênero e idade, religiosidades e mídia, estado e capitalismo, populações marginalizadas. O Programa tem como meta formar antropólogos da mais alta competência científica e profissional, capacitados para atuar em instituições de ensino superior, em centros de pesquisa, em órgãos governamentais e em organizações não-governamentais.
Formado em 1971, e um dos primeiros do Brasil, o Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Unicamp oferecia inicialmente apenas a qualificação de mestre – apesar de, já em meados dos anos 1970, contarmos com duas teses de doutorado defendidas e aprovadas, de autoria dos professores Manuela Carneiro da Cunha e Luiz Mott. O doutorado como parte do PPGAS foi formado em 2004 (a primeira turma é de 2005). Antes de sua formação, os professores do programa ofereciam cursos e orientavam junto às distintas áreas do Doutorado de Ciências Sociais, curso interdisciplinar fundado em 1985. A ampliação do Programa com a implementação do Doutorado em Antropologia Social, com formato disciplinar, significou, sobretudo, uma integração mais efetiva entre os três níveis de ensino – graduação, mestrado e doutorado – bem como a possibilidade de articular melhor as linhas de pesquisa nesses diferentes níveis. Além disso, a integração dá ao Programa maior visibilidade e nitidez institucional, atendendo às crescentes demandas discentes.
Trata-se, assim, de um programa de formação antropológica maduro e beneficiado por mais de quatro décadas de experiência, refletidas em 316 dissertações de mestrado defendidas entre 1971 e 2013, nas 154 teses do Doutorado em Ciências Sociais orientadas por professores de Antropologia (a partir de 1985) e nas 33 teses de doutorado defendidas entre março de 2010 e dezembro 2013.
Processo seletivo de alunos residentes no Exterior
Alunos residentes no exterior que desejem se candidatar para o ingresso no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social deverão atender ao disposto nos editais de seleção que contemplam essa modalidade de candidatura. Candidatos inscritos no processo como residentes no exterior não concorrerão às bolsas de demanda social do programa. Caso desejem concorrer às bolsas, é necessário se inscrever no processo presencial para residentes no Brasil, submetendo-se aos mesmos critérios de seleção. Aqueles que fizerem o processo seletivo como “residente no exterior” podem se candidatar a uma bolsa PEC-PG (para estrangeiros oriundos dos países onde a CAPES mantém este programa), solicitar em conjunto com seu orientador uma bolsa FAPESP ou pleiteá-la a outras agências de fomento.
Procura-se atrair residentes no exterior para ingressar em nosso programa, o que tem sido extremamente importante no sentido de dinamizar o debate no seio do corpo discente. Entre alunos e ex-alunos, temos um significativo número de estudantes de origem argentina, chilena, colombiana, boliviana, peruana, guatemalteca, mexicana, haitiana, norte-americana, portuguesa, espanhola, francesa, italiana, britânica, alemã, húngara, cabo-verdiana, angolana e moçambicana.
Admissão de Alunos Especiais
O Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social admite na categoria de alunos especiais apenas aqueles regularmente matriculados em outros programas de pós-graduação. Estes alunos não poderão frequentar as disciplinas obrigatórias.
Internacionalização
Uma das características de nosso programa tem sido o apoio e incentivo à realização de pesquisas de campo fora do território nacional. Assim, às temáticas que interpelam diretamente a realidade brasileira somam-se aquelas que dizem respeito a outras paragens, e na atualidade temos pesquisas concluídas e em andamento em distintos países da América Latina e do Caribe (Argentina, Colômbia, Guatemala, México, Haiti e República Dominicana), Estados Unidos, distintos países africanos (Senegal, Guiné-Bissau, Angola, Namíbia, África do Sul, Moçambique e Uganda), europeus (Portugal, Espanha, França, Alemanha, Hungria, Itália, Bósnia-Herzegóvina e Sérvia) e asiáticos (Israel, Irã, índia e Japão). Some-se a isto a possibilidade de realizações de estágios no exterior tanto por parte de nossos docentes como por parte de nossos estudantes, bem como a presença constante de professores convidados estrangeiros (nos últimos anos recebemos por períodos que vão de um mês a um ano colegas da Argentina, México, Estados Unidos, Canadá, Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Itália, Guiné-Bissau, Moçambique e Senegal), o que tem como resultado em um programa altamente internacionalizado.