Filosofia

Teoria de Modelos num Ambiente Paraconsistente

O propósito desta tese é desenvolver uma Teoria de Modelos paraconsistente a partir das bases lançadas por Walter Carnielli, Marcelo Esteban Coniglio, Rodrigo Podiack e Tarcísio Rodrigues no artigo ‘On the Way to a Wider Model Theory: Completeness Theorems for First-Order Logics of Formal Inconsistency’ de 2014. A busca por uma compreensão mais profunda do fenômeno da paraconsistência de um ponto de vista epistemológico leva a um sistema de raciocínio baseado nas ”Lógicas de Inconsistência Formal” (LFI’s).

A natureza formal da matéria a partir da filosofia de Charles Sanders Peirce

O objetivo desta tese é discutir a natureza formal da matéria a partir da filosofia de Charles Sanders Peirce, sobretudo com relação a sua famosa frase “[...] matéria é mente exaurida, hábitos inveterados tornando-se leis físicas” (CP, 6.25, tradução nossa). Nossa hipótese central consiste em considerar a matéria como uma classe natural, resultado de um processo teleológico de causação final e, como tal, é uma terceiridade esperando por atualização.

Arquitetônica da alma em O ego e o Id, de Sigmund Freud e no Livro IV de A República, de Platão: elementos para uma base epistemológica para a antropologia da segunda tópica freudiana

Neste trabalho tentaremos retomar a discussão que se estabeleceu em torno da proximidade e dos distanciamentos entre o discurso psicanalíticos e filosófico, no que se refere à estruturação do psiquismo. Os pontos de referência dos quais partimos são, à luz dos textos, de Freud, O Ego e o Id, de 1923, e, de Platão, A República, sobretudo o livro IV, onde os autores delimitam o tema. Nosso objetivo será, então, oferecer vias de releitura da epistemologia da segunda topologia da psicanálise de Freud, distanciando-a de alguns modelos de leitura que os limitaram, e aproximando-a de outros.

A TEORIA ARISTOTÉLICA DA DEMONSTRAÇÃO CIENTÍFICA

O objetivo deste trabalho é compreender a noção de “demonstração científica” (apodeixis) tal como Aristóteles a concebe nos Segundos Analíticos, bem como sua relação com a noção de “conhecimento científico” (episteme) e com a silogística aristotélica. Esta abordagem compara as duas grandes linhas de interpretação encontradas na literatura secundária, às quais chamo de paradigma dedutivo axiomatizado e paradigma explicativo causal.

Nietzsche: verdade como metáfora e linguagem como dissimulação

O presente trabalho objetiva perscrutar os meandros da verdade a partir da perspectiva linguística do jovem Nietzsche e a valorização nietzscheana do conhecimento estético ou metafórico em detrimento do conhecimento lógico-discursivo-conceitual. Na Introdução, traçaremos um panorama da noção de verdade, com ênfase em sua versão correspondentista e, em seguida, apresentaremos a crítica de Nietzsche a esta visão, mostrando que o caminho construído pelo autor desemboca na arte.

O revirar do avesso: A estrutura topológica da identificação na psicanálise de Jacques Lacan

Jacques Lacan resgata o conceito de identificação desenvolvido por Sigmund Freud, reelaborando-o exaustivamente ao longo de seu ensino a partir de referências aos campos da lógica e da matemática, de modo que a opção metodológica pelo recurso à topologia, como via eleita para perscrutar a estrutura do sujeito do inconsciente, delimita o campo de investigação próprio à psicanálise lacaniana.

A recepção da psicanálise na formação da Teoria Crítica: do materialismo interdisciplinar à crítica da razão instrumental (1929-1947)

O objetivo mais geral da pesquisa é investigar como a chamada primeira geração da Teoria Crítica recebe a psicanálise e se apropria de seus conceitos para elaborar uma filosofia social que dê conta de realizar um diagnóstico de tempo, ao mesmo tempo em que procura vislumbrar potenciais emancipatórios. De maneira mais específica, nosso objeto aqui é investigar tal recepção no período em que o Institut für Sozialforschung teve Max Horkheimer como seu diretor e o uso da psicanálise para compreender os aspectos subjetivos da dominação.

Nietzsche: verdade como metáfora e linguagem como dissimulação

O presente trabalho objetiva perscrutar os meandros da verdade a partir da perspectiva linguística do jovem Nietzsche e a valorização nietzscheana do conhecimento estético ou metafórico em detrimento do conhecimento lógico-discursivo-conceitual. Na Introdução, traçaremos um panorama da noção de verdade, com ênfase em sua versão correspondentista e, em seguida, apresentaremos a crítica de Nietzsche a esta visão, mostrando que o caminho construído pelo autor desemboca na arte.