Filosofia

Dois laboratórios de Karl Marx: a “Ideologia alemã” e os Grundrisse

Nesta tese procuro defender que, a partir do que se sabe hoje sobre o estado atual dos manuscritos para a “Ideologia alemã” (1845-1847) presentes na MEGA-2 I/5, seria possível analisar – e, por meio disto, comparar – dois conjuntos de manuscritos de Marx como processos de compreensão de si, a saber: a “Ideologia alemã” e os Grundrisse.

Representacionalismo na Psicologia Perceptual de acordo com Tyler Burge

Em Origins of Objectivity (2010), Tyler Burge interpreta a psicologia da percepção. Ele articula claramente o que a ciência visa explicar e como suas explicações funcionam. Nós assumimos que a ciência possui as propriedades básicas que ele a alega ter; tais propriedades são tornadas explícitas. De acordo com ele, a ciência sistematicamente emprega em suas explicações uma noção de representação irredutivelmente normativa. A Seção I examina os termos, assunções, e formatos explicativos da versão de Burge da psicologia perceptual.

OCASIONALISMO NA FILOSOFIA DE DESCARTES ENTRE 1641 E 1649

A interpretação defendida nesta tese consiste na compreensão de que, após a publicação das Meditações, houve uma mudança na concepção de causalidade proposta por Descartes naquele texto. Nas Meditações, Descartes apresenta uma concepção de causalidade interacionista que consiste na ideia de que as substâncias finitas, alma e corpo, são causas eficientes das mudanças que acontecem quando há interação entre elas. Essa perspectiva foi criticada pelos interlocutores contemporâneos de Descartes a exemplo de Gassendi, Arnauld e Elizabeth.

Multiálgebras e Semânticas Não-Determinísticas aplicadas a Lógicas Paraconsistentes

Este trabalho está dividido entre duas grandes áreas: na teoria de multiálgebras, focamos majoritariamente em uma nova definição do que um objeto livremente gerado deveria ser em sua
categoria e em como esta categoria é equivalente a outra com álgebras parcialmente ordenadas
como objetos; então usamos semânticas não-determinísticas, especialmente aquela que nomeamos
Nmatrizes restritas, nas lógicas paraconsistentes e em alguns sistemas lidando com uma
nova apresentação do conceito natural de incompatibilidade, que generaliza inconsistência.

A distinção entre o social e o político em Hannah Arendt à luz da Questão Judaica

A distinção categórica entre o social e o político que Hannah Arendt apresenta em A Condição Humana, publicada em 1958, se apresenta como uma das principais controvérsias de seu pensamento. Ao empreender essa separação, Arendt pretendia indicar a emergência de uma nova esfera na Modernidade, a social, e com isso indicar a perda da dignidade da política, o crescente encolhimento da esfera pública e redução das possibilidades de participação política.

Contra “a mulher universal”: as contribuições de Davis e Butler para a teoria crítica feminista

Assumindo a crítica que Angela Davis e Judith Butler formularam à universalidade da categoria “mulher” presente no feminismo como ponto de partida, essa dissertação tem por objetivo analisar as contribuições que as duas autoras trazem para a teoria crítica feminista. Para tanto, reconstruiremos os deslocamentos provocados pelas duas obras em relação às posições hegemônicas que elas criticam. No caso de Davis, a perspectiva das mulheres negras adotada em Mulheres, Raça e Classe evidenciou os pontos cegos dos feminismos radical e socialista.

Contra “a mulher universal”: as contribuições de Davis e Butler para a teoria crítica feminista

Assumindo a crítica que Angela Davis e Judith Butler formularam à universalidade da categoria “mulher” presente no feminismo como ponto de partida, essa dissertação tem por objetivo analisar as contribuições que as duas autoras trazem para a teoria crítica feminista. Para tanto, reconstruiremos os deslocamentos provocados pelas duas obras em relação às posições hegemônicas que elas criticam. No caso de Davis, a perspectiva das mulheres negras adotada em Mulheres, Raça e Classe evidenciou os pontos cegos dos feminismos radical e socialista.

As mudanças de paradigmas como mudanças de mundo em A Estrutura das Revoluções Científicas de Thomas Kuhn

O elemento filosófico central do clássico de Thomas Kuhn, The Structure of Scientific Revolutions (1962), é o conceito de paradigma. Não obstante, o termo ‘paradigma’ apresenta, nessa obra, um caráter marcadamente polissêmico, de onde surgiram diversas dúvidas e debates na literatura sobre qual, de fato, seria o significado (ou significados) pretendido(s) por Kuhn. Nas asserções finais do último parágrafo do capítulo IX do livro, Kuhn escreve que a questão dos paradigmas tinha sido até então articulada para se evidenciar seu papel constitutivo nas comunidades científicas e na ciência.

A Concepção Aristotélica de Demonstração Geométrica a partir dos Segundos Analíticos

A dissertação discorre o sentido exato da tese aristotélica, no âmbito da geometria, de que uma demonstração científica é um silogismo em primeira figura. A formulação aristotélica mais polêmica da tese é exposta em Segundos Analíticos I. 14,79a17-32, quando Aristóteles diz que é em um silogismo de primeira figura que os matemáticos apresentavam as demonstrações.

Sobre a passagem de Marx ao comunismo

O presente trabalho busca compreender o desenvolvimento intelectual e político de Karl Marx entre os anos de 1841 e 1846. Para isso, praticamente toda a sua produção no período, bem como sua correspondência e parte significativa da obra de seus interlocutores, foram analisadas. Isoladamente, cada um dos capítulos aqui serve para leitura concomitante às obras de Marx (para fins didáticos de acesso ao original), mas isso não dispensa a consideração pelo conjunto da tese ora apresentada.