Nesta tese procuro defender que, a partir do que se sabe hoje sobre o estado atual dos manuscritos para a “Ideologia alemã” (1845-1847) presentes na MEGA-2 I/5, seria possível analisar – e, por meio disto, comparar – dois conjuntos de manuscritos de Marx como processos de compreensão de si, a saber: a “Ideologia alemã” e os Grundrisse. Na qualidade de “processos de compreensão de si”, esses dois manuscritos tiveram não só pontos de partida diferentes (a filosofia pós-hegeliana e a economia política), mas também resultados distintos, que foram obtidos por meio da negação de cada ponto de partida. A partir dos resultados filológicos, é possível determinar que Marx só alcançou alguns conceitos (concepção de história e crítica da ideologia) durante o embate crítico contra Bauer e Stirner. A esse respeito, como ficará claro nesta tese, tais conceitos não formaram o ponto de partida da crítica; antes, foram seus resultados. Outro resultado menos lembrado é a necessidade de abandonar a filosofia e em favor de uma ciência: a economia política. Neste sentido, a hipótese de trabalho se desdobra em outra: os Grundrisse, entendidos como um processo de compreensão de si, surgem dos resultados e objetos legados pela Ideologia alemã.
Dois laboratórios de Karl Marx: a “Ideologia alemã” e os Grundrisse
Data da defesa:
sexta-feira, 24 Junho, 2022 - 14:00
Membros da Banca:
Presidente Prof. Dr. Marcos Severino Nobre IFCH/ UNICAMP
Membros Titulares Dra. Mariana Oliveira do Nascimento Teixeira Freien Universität Berlin
Dr. Rurion Soares Melo Universidade de São Paulo
Dr. Erick Calheiros de Lima Universidade de Brasília
Dr. João Carlos Brum Torres Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Membros Suplentes Dr. Ricardo Crissiuma Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Dr. Ricardo Ribeiro Terra Universidade de São Paulo
Profa. Dra. Fátima Regina Rodrigues Évora IFCH/ UNICAMP
Programa:
Nome do Aluno:
Olavo Antunes de Aguiar Ximenes
Sala da defesa:
Sala da Congregação