Filosofia

No Sofista, Platão define os sofistas como imitadores de sábios (Sof. 268c8−d5). Estes, a partir de uma técnica própria, produzem uma falsa aparência de sabedoria que atrapalham o bom funcionamento do discurso dialético. Contudo, para chegar a tal definição, é necessário percorrer uma série de problemas, mais especificamente os seguintes: (i) paradoxo da imagem (Sof. 236e9−237b2); (ii) aporias do não ser (236d−239e); (iii) relação entre não-ser e imagem (239e−240c); (iv) opinião falsa e a distinção entre discurso dialético e o discurso sofístico (240c−242b).

Este trabalho é uma primeira tentativa de dar uma definição de perspectivismo que seja pertinente à teoria de conjuntos. O desenvolvimento do trabalho foi motivado por Joel David Hamkins com sua formulação de Multiversismo em teoria de conjuntos, em 2011. No entanto, já havia uma definição de perspectivismo sendo utilizada para a Filosofia da Ciência, que diz que todo conhecimento humano é perspectival. Minha tentativa é de adaptar o conceito utilizado na Filosofia da Ciência para a teoria de conjuntos ao mudar o foco para um perspectivismo epistêmico.

O presente estudo do Fédon de Platão objetiva compreender a visão de Platão
sobre a relação entre investigação e conhecimento. As passagens do Fédon que
lidam mais explicitamente com a investigação e o conhecimento são a Defesa de
Sócrates (63e8-69e5), o Argumento da Rememoração (72e4-78b3) e a Autobiografia
Intelectual de Sócrates (95a4-102a-9). Por meio de uma inspeção cuidadosa de
cada uma dessas três passagens, este trabalho contribui para a compreensão de
três tópicos, respectivamente: (i) a medida em que Platão pensa que o

O problema sobre o qual esta tese se debruça é um desafio cético sério que induz a suspensão do juízo acerca de qualquer tese ou proposição sobre a real natureza das coisas. Trata-se de um dos principais estratagemas do ceticismo pirrônico, que são os Cinco Modos de Agripa, ou Problema de Agripa. Se alguma tese ou proposição é colocada sob o desafio dos cinco modos, seria inevitável a suspensão do juízo e, portanto, do ceticismo. Diversas são as interpretações sobre tal problemática pirrônica.

Na Ética a Nicômaco, Aristóteles argumenta que cabe ao caráter e à razão delimitar e implementar as ações morais. O texto aristotélico, no entanto, traz inúmeras dificuldades exegéticas e filosóficas quando se tenta definir precisamente qual o papel desempenhado pelo caráter e pela razão nas ações morais. Há um conjunto de passagens na Ética a Nicômaco em que Aristóteles aparentemente defende a seguinte distribuição de tarefas: ao caráter cabe a tarefa de adotar os fins morais, enquanto à razão, representada pela phronesis, cabe a tarefa de delimitar como promovê-los.

Aristóteles desenvolve uma complexa filosofia da ciência ao longo dos Segundos Analíticos. Para ele, para que algo seja um conhecimento científico, este algo precisa estar no tipo correto de relação com o mundo, e deve captar de forma adequada as causas [aitiai] que fundamentam certas relações na realidade. Sua teoria da demonstração científica busca estruturar como deveria ser organizado esse conhecimento científico: em silogismos corretos com um explanandum predicativo e uma aitia, o termo mediador, que explica apropriadamente por que o explanandum é como é.

Apresentarei nesta dissertação duas teorias que delimitam de formas diferentes a intrusão contextual no conteúdo semântico de uma sentença: minimalismo semântico e contextualismo. Logo após, apresento um certo tipo de acontecimento lexical conhecido como polissemia, veremos uma possível forma de dividir os casos deste tipo de acontecimento: polissemia regular/lógica e polissemia irregular/acidental, e as formas de enxergarmos como os diferentes sentidos das palavras polissêmicas podem se relacionar.