Filosofia

No céu como na terra: a possível influência de João Filopono de Alexandria sobre Tomás de Aquino na discussão do ‘De Caelo’ I, 3

Proponho discutir um possível caso de influência filosófica de João Filopono de Alexandria sobre Tomás de Aquino, no comentário in De caelo et mundo I, lição 6. O Filopono foi um filósofo neoplatônico do século VI e autor de vários tratados e comentários. Seu De aeternitate mundi contra Aristotelem representa um marco em sua filosofia, uma vez que o livro contém uma rejeição clara e decisiva da existência do éter, o elemento natural do sistema aristotélico responsável por explicar a composição e o movimento dos corpos celestes.

O conceito de programa em Deleuze e Guattari

Trata-se de uma cartografia com o objetivo de localizar, nas escrituras filosóficas de Félix Guattari e Gilles Deleuze, elementos capazes de compor o conceito de programa e, com isso: 1 - Analisar os programas citados ao longo das obras para deles extrair compósitos capazes de subsidiar a proposição conceitual em jogo. 2 - Encontrar intersecções entre o programa e outros conceitos.

A noção de uso regulador em Kant: da ciência dos princípios regulativos aos princípios regulativos das Ciências

Essa pesquisa propõe-se a retomar e desenvolver a noção de uso regulador das faculdades superiores a priori de Kant, assim como avaliar o seu potencial teórico e a sua atualidade para discussões acerca das condições de possibilidade da prática científica. Para isso, em uma primeira etapa, procura compreender o estatuto e a abrangência do uso regulador a priori no interior do projeto crítico, a partir de duas perspectivas centrais. De um lado, a partir do poder de regulação conferido à faculdade da razão na Crítica da Razão Pura (particularmente, no Apêndice à Dialética Transcendental).

Estratégias meta-ontológicas e o debate de ontologia dos objetos matemáticos

Ontologia é a área da filosofia preocupada com o estudo do que há; do que constitui a realidade. Mas qual é o melhor método para investigar o que há? Quando nos é permitido dizer que algo existe ou não? Essas são questões que a meta-ontologia tentará responder. Dessa forma, a ontologia dos objetos matemáticos buscará estudar a existência dos objetos matemáticos, já a meta-ontologia dirá como esse estudo pode ser realizado e quais são as conclusões que podemos tirar dele.

Matéria e Essência nos Livros VII e VIII da Metafísica de Aristóteles

Em Categorias, Aristóteles admite dois tipos de substância. A substância primeira são os entes concretos, suporte ontológico dos acidentes, e a substância segunda são os universais, que não existem por si, mas, assim como os acidentes, dependem ontologicamente da substância primeira. Na Metafísica, a fim de indagar qual é o fundamento desses entes concretos, o autor os analisa em termos de matéria e forma. Nessa investigação, a primazia é atribuída à forma, visto que não há existência sem determinação (existir é sempre existir como algo) e é a forma que determina a matéria.

Uma análise da questão da continuidade teórica na ciência

No debate entre realistas e antirrealistas científicos — i.e., na discussão sobre o estatuto epistêmico das teorias científicas que pressupõem a existência de entes e processos inobserváveis —, os realistas defendem que o sucesso dessas teorias nos compromete com sua verdade aproximada. No entanto, casos históricos que constituem episódios de substituição teórica mostram que, ao longo da história da ciência, diversas teorias bem-sucedidas em sua época foram posteriormente classificadas como falsas.

Wittgenstein X Gödel: reflexões sobre o Teorema da Incompletude

No Apêndice I de seus "Remarks on the Foundations of Mathematics"( Wittgenstein et al. 1990), Wittgenstein elabora uma interpretação diferente sobre o Primeiro Teorema da Incompletude de Gödel, ao qual passamos a nos referir como "Teorema de Gödel"ou "Teorema da Incompletude". Essa nomenclatura surge do reconhecimento que o chamado "Segundo Teorema da Incompletude" nada mais é do que um corolário do Primeiro.

Matéria e Essência nos Livros VII e VIII da Metafísica de Aristóteles

Em Categorias, Aristóteles admite dois tipos de substância. A substância primeira são os entes concretos, suporte ontológico dos acidentes, e a substância segunda são os universais, que não existem por si, mas, assim como os acidentes, dependem ontologicamente da substância primeira. Na Metafísica, a fim de indagar qual é o fundamento desses entes concretos, o autor os analisa em termos de matéria e forma. Nessa investigação, a primazia é atribuída à forma, visto que não há existência sem determinação (existir é sempre existir como algo) e é a forma que determina a matéria.

Racionalidade Argumentativa: Retórica e Lógica em Aristóteles

Na presente pesquisa pretendemos investigar a interface entre a retórica e a lógica na filosofia aristotélica. Tomamos como obra central a Retórica de Aristóteles, que fundamenta a pesquisa em conexão com outras obras do autor: Primeiros Analíticos, Segundos Analíticos, Tópicos e Refutações Sofísticas.