Filosofia

Nietzsche: verdade como metáfora e linguagem como dissimulação

O presente trabalho objetiva perscrutar os meandros da verdade a partir da perspectiva linguística do jovem Nietzsche e a valorização nietzscheana do conhecimento estético ou metafórico em detrimento do conhecimento lógico-discursivo-conceitual. Na Introdução, traçaremos um panorama da noção de verdade, com ênfase em sua versão correspondentista e, em seguida, apresentaremos a crítica de Nietzsche a esta visão, mostrando que o caminho construído pelo autor desemboca na arte.

O revirar do avesso: A estrutura topológica da identificação na psicanálise de Jacques Lacan

Jacques Lacan resgata o conceito de identificação desenvolvido por Sigmund Freud, reelaborando-o exaustivamente ao longo de seu ensino a partir de referências aos campos da lógica e da matemática, de modo que a opção metodológica pelo recurso à topologia, como via eleita para perscrutar a estrutura do sujeito do inconsciente, delimita o campo de investigação próprio à psicanálise lacaniana.

A recepção da psicanálise na formação da Teoria Crítica: do materialismo interdisciplinar à crítica da razão instrumental (1929-1947)

O objetivo mais geral da pesquisa é investigar como a chamada primeira geração da Teoria Crítica recebe a psicanálise e se apropria de seus conceitos para elaborar uma filosofia social que dê conta de realizar um diagnóstico de tempo, ao mesmo tempo em que procura vislumbrar potenciais emancipatórios. De maneira mais específica, nosso objeto aqui é investigar tal recepção no período em que o Institut für Sozialforschung teve Max Horkheimer como seu diretor e o uso da psicanálise para compreender os aspectos subjetivos da dominação.

Nietzsche: verdade como metáfora e linguagem como dissimulação

O presente trabalho objetiva perscrutar os meandros da verdade a partir da perspectiva linguística do jovem Nietzsche e a valorização nietzscheana do conhecimento estético ou metafórico em detrimento do conhecimento lógico-discursivo-conceitual. Na Introdução, traçaremos um panorama da noção de verdade, com ênfase em sua versão correspondentista e, em seguida, apresentaremos a crítica de Nietzsche a esta visão, mostrando que o caminho construído pelo autor desemboca na arte.

Tantos sóis, tantos mundos, tantas hipóteses: a história das teorias de formação do sistema solar e os progressos da ciência

As teorias de formação do sistema solar têm uma longa história. A partir de Descartes, passando por Kant e Laplace, vários filósofos naturais e cientistas propuseram teorias que partiam de um estado inicial primitivo e chegavam às características do sistema solar atualmente observadas. Na segunda metade do século XX, o problema passa a ser investigado por uma crescente comunidade científica especializada.

Reflexão e experiência política em 1790: Estudo sobre a função política do sensus communis na Crítica da Faculdade de Julgar de Immanuel Kant

Há cinquenta anos atrás, Hannah Arendt lecionou uma série de lições sobre a filosofia política de Immanuel Kant na New School for Social Research em New York; um curso que entrou para a história da filosofia política contemporânea pela perspicácia da sua interpretação de um clássico até então praticamente inacessado nas suas reflexões sobre política, e, em especial, pela sua polêmica proposta de que a obra de Kant possuía dois modelos claramente distinguíveis de filosofia política.

A história e as coisas: crítica da história, coleção e história da arte no materialismo de Walter Benjamin

A presente pesquisa trata-se de uma investigação sobre elementos constitutivos da teoria materialista da arte no âmbito do pensamento de Walter Benjamin da década de 1930. O dois aspectos abordados foram a crítica ao conceito de história vigente desde o século XIX, ancorado no historicismo, e a importância de conferir a primazia do olhar para a materialidade dos objetos em seus detalhes particulares.

Da crise das formas à forma da crise: a estética de Adorno em três tempos

O presente trabalho pretende analisar o núcleo conceitual e as questões mobilizadas por Theodor W. Adorno em sua reflexão sobre as diferentes crises da arte autônoma e moderna, notadamente da chamada nova música. Assim, parte-se da crise das formas tradicionais (musicais) e da formulação da forma musical autêntica sem o recurso à tradição para, a partir daí, analisar o desenvolvimento imanente da linguagem musical desde a emergência da música moderna até seu envelhecimento.

Como é ser um enativista

Explicar fenômenos mentais tem sido um desafio permanente tanto para filósofos quanto para cientistas. Esta tese oferece razões para considerar o Enativismo, especialmente em suas variantes radicais, como uma abordagem que enquadra fenômenos mentais de maneira frutífera. Para enativistas, não somente o cérebro, como também o corpo inteiro, o ambiente e sua história biológica, tanto no nível filogenético como ontogenético, além de aspectos sociais e culturais, são necessários para a compreensão da cognição.