Como é ser um enativista

Explicar fenômenos mentais tem sido um desafio permanente tanto para filósofos quanto para cientistas. Esta tese oferece razões para considerar o Enativismo, especialmente em suas variantes radicais, como uma abordagem que enquadra fenômenos mentais de maneira frutífera. Para enativistas, não somente o cérebro, como também o corpo inteiro, o ambiente e sua história biológica, tanto no nível filogenético como ontogenético, além de aspectos sociais e culturais, são necessários para a compreensão da cognição. O principal ponto defendido por enativistas é a possibilidade de prover uma abordagem não-representacionalista para a cognição. Além de apresentar os principais princípios do Enativismo (capítulos 1 e 2), argumento que as maneiras tradicionais de entender a fenomenalidade enfrentam deficiências que derivam de pressuposições filosóficas errôneas. Mais especificamente, as dificuldades profundas em explicar cientificamente a fenomenalidade surgem de expectativas redutivistas implícitas na pesquisa filosófica e científica sobre a mente (capítulo 3) e de uma concepção distorcida de experiência (capítulo 4). Argumento que uma visão inspirada pelo enativismo é não somente possível como, de fato, uma abordagem promissora para a mente e a cognição.

 

Data da defesa: 
terça-feira, 18 Fevereiro, 2020 - 17:00
Membros da Banca: 
Presidente Prof. Dr. Marco Antonio Caron Ruffino IFCH / UNICAMP
Membros Titulares Dr. Rogério Passos Severo Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Dr. Emiliano Boccardi Universidade Federal da Bahia
Dr. LUDOVIC SOUTIF Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Dra. Nara Miranda de Figueiredo Universidade Federal de São Paulo
Membros Suplentes Dra. Itala Maria Loffredo DOttaviano Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp
Prof. Dr. Silvio Seno Chibeni IFCH / UNICAMP
Dra. Giulia Terzian
Programa: 
Nome do Aluno: 
Laura Machado do Nascimento
Sala da defesa: 
Sala de Defesa de Teses 1