História

A tradição política venezuelana no século XIX esteve intimamente vinculada aos usos da imagem de Simon Bolívar numa gama de manifestações sociais. As elites governantes do país, envolvidas no exercício de “fundar a nação”, frequentemente recorreram ao Libertador como uma origem a ser celebrada, uma memória que ofertasse unidade na recordação e um suporte para seus projetos de porvir. De tanto se retomar a jornada libertadora em solenidades e efemérides, paulatinamente se consolidou um calendário de homenagens ao herói.

Antes das modernas discussões sobre gênero e seus papéis na sociedade, mulheres viajavam ora movidas pelo espírito aventureiro, ora empurradas pelo casamento, como damas de companhia ou trazidas à força, seja pela escravidão ou imposição familiar. Dentre as “mulheres viajantes”, algumas deixaram registradas, em diários ou memórias, suas experiências. É sobre um diário feminino, especificamente, que inflete esse artigo: as viagens e as memórias de D.

Este trabalho tem o objetivo de analisar a construção e a comunicação de discursos sobre Homem e humanismo no Musée de l’Homme (Paris – França), entre 1937 e 1980, e no Museu do Homem Americano (São Raimundo Nonato/Piauí – Brasil), entre 1994 e 2016.

A tese investiga de que maneira a população mais pobre, e geralmente negra, se relacionava com a política partidária em um período marcado por transições: a passagem do Império para a República. A partir do Recife, a narrativa tem por fio condutor três movimentos sociais estabelecidos em torno de manifestações públicas com apelo à participação das classes populares, são eles: o movimento abolicionista, o republicano e o operário.

A tese analisa a trajetória e as estratégias utilizadas pelo escritor colombiano Gabriel García Márquez para se projetar no contexto político, intelectual e cultural latino-americano da segunda metade do século XX.

Essa tese pretende defender como os discursos atuais sobre o islã dialogam e se aproximam de representações cristãs produzidas pela imprensa religiosa nos Estados Unidos da América durante a Revolução Iraniana (1978-1981). Para isso, analisamos os textos publicados no periódico The Christian Century, editado por cristãos mainline, e na revista Christianity Today, editada pelo grupo de Billy Graham, entre 1978 e 1981.

Esta tese parte da apresentação histórica e teórica sobre a fotografia contemporânea desde a questão ontológica, que ganhou espaço nos anos 80, através, principalmente, de nomes como Roland Barthes, Rosalind Krauss e Philippe Dubois, para chegar em pensamentos mais recentes de autores como Michel Poivert, Dominique Baqué, Tadeu Chiarelli, Rubens Fernandes Jr., entre outros.

Pretendo apresentar nesta tese uma “história transnacional da modernidade” que dê conta da produção de modernidades específicas por meio de determinados processos de subjetivação e objetificação possibilitados por “híbridos” conceituais e patrimoniais. A modernidade é entendida aqui como uma ideologia que se reproduz pela produção de seus sujeitos e seus objetos, englobando outras ideologias ou complexos simbólicos em sua configuração universalista.

Entre setembro e outubro de 1885, duas mulheres da vila de São Francisco do Conde, Recôncavo baiano, protestaram contra o processo de libertação através do Fundo de Emancipação, artigo terceiro da lei de 1871. Classificação de escravos doentes e com preços exagerados, favorecimentos aos familiares dos integrantes da junta e dos senhores “influentes” do lugar, exclusões de libertandos sem comunicação aos seus proprietários e sem tramitação de qualquer reclamação foram algumas das acusações feitas às autoridades.

Buscaremos investigar como se configurou a construção do conhecimento médico e dietético no contexto da ocupação holandesa de Pernambuco (1630-1654), considerando, por um lado, as diversas mudanças no ambiente intelectual europeu, e, por outro, a conjuntura política de consolidação da República dos Países Baixos e de um breve período de expansão ultramarina, que colocou os holandeses em contato direto com o Novo Mundo.