História

A visibilidade atual das mulheres quilombolas é o ponto de partida desta tese, que pergunta sobre os modos femininos de fazer política, especialmente a dimensão antirracista dessas ações. O recorte temporal parte do final de 1980, quando foi criado o direito territorial para as comunidades remanescentes de quilombo. O trabalho focaliza práticas de quilombolas do Rio de Janeiro que, ao transmitirem saberes, fortalecem os laços entre as pessoas e os territórios onde vivem.

A presente dissertação identifica e analisa os embates políticos relativos à regulamentação profissional dos arquitetos no Brasil, oficializada pelo Decreto Federal n.23.569/1933. A análise da documentação relativa aos órgãos profissionais – Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, associações profissionais e escolas oficiais – enfatiza as tensões e disputas entre os diferentes agentes envolvidos com o mercado da construção civil no Brasil nas décadas de 1920 e 1930.

Em 1902, a missionária presbiteriana Mary Hoge Wardlaw publicou, pelo Presbyterian Committee of Publication, o romance intitulado “Candida; or, by a way she knew not. A story from Ceara”. Mrs. Wardlaw fora enviada ao Brasil em 1880 com seu esposo, o Reverendo De Lacey Wardlaw, onde permaneceram até o ano de 1901, tendo sido responsáveis pela instalação de igrejas presbiterianas nas cidades de Fortaleza, Mossoró e Baturité.

A paisagem cultural no âmbito da preservação do patrimônio está relacionada à valorização de territórios onde tenham se desenvolvido relações peculiares entre as pessoas e o espaço físico. A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) foi a primeira a tornar o conceito uma tipologia do patrimônio ao inclui-lo na Lista do Patrimônio Mundial em 1992. Dentro dessa instituição, há uma tendência em associá-lo a contextos rurais e/ou com forte presença da natureza, como parques, sítios e etc.

Esta dissertação tem por objeto a obra Art and Anarchy, publicada em 1963, da autoria de Edgar Wind (1900-1971), intelectual alemão radicado nos Estados Unidos e posteriormente no Reino Unido, cuja carreira intelectual trafegou entre as áreas da epistemologia, estética, história da arte e da cultura. O livro – resultado de um ciclo de seis conferências de trinta minutos realizadas para a rádio BBC em 1960 nas anuais Reith Lectures – trata da relação entre a arte e as forças anárquicas da imaginação humana em meados do século XX.

Partindo de uma obra presente no acervo do Museu de Arte de São Paulo (MASP), O suicídio de Lucrécia, de Guido Reni, a presente dissertação persegue os possíveis sentidos assumidos ao longo do tempo pela protagonista do evento histórico que nomeia a obra, na intenção de iluminar as opções realizadas pelo pintor bolonhês ao produzi-la, entre 1625 e 1642. Famosa dama romana, Lucrécia teria se suicidado em 509 a .C, num episódio atribulado que demarca o início da República romana.

As relações entre o Santo Ofício português e a América portuguesa já foram observadas por diferentes prismas históricos, entretanto ainda não esgotados. A perspectiva de um olhar sobre a vida dos agentes do tribunal de fé é ressaltada nesse trabalho através da metodologia adotada. Colocando-a como protagonista, procurou-se observar a vida e a vinda de Heitor Furtado de Mendonça (século XVI) e de Marco Teixeira (século XVII), os agentes da Inquisição que visitaram a América, para além de uma biografia organizada e racional.

Euclides da Cunha (1866-1909), autor de Os Sertões (1902), além de jornalista, é apreendido em nossas investigações como testemunha ocular do Massacre em Canudos, ocorrido no ano de 1897 no sertão baiano brasileiro. O escritor, por meio de produções como a poesia Página Vazia (1897), pôde possibilitar a nós, historiadores do início do século XXI, o estudo de sua obra maior, Os Sertões.