Antropologia Social

OBSERVANDO O ÓDIO: ENTRE UMA ETNOGRAFIA DO NEONAZISMO, E A BIOGRAFIA DE DAVID LANE

A investigação antropológica proposta objetiva analisar a biografia do líder neonazista David Éden Lane, mapear os grupos neonazistas nos Estados Unidos, seu processo de nazificação, o lugar que esses grupos construíram para Lane e como ele legitimou esse lugar para si, em especial por meio de seus escritos. Para tanto, a apreciação biográfica se uniu a etnografia.

Regimes de Produção e Circulação Imagética no Território Indígena do Xingu

Nas últimas décadas, temos testemunhado a apropriação de tecnologias audiovisuais por diversos povos indígenas ao redor do globo, que as têm mobilizado enquanto estratégia de resistência política e cultural. No Brasil, o chamado “cinema indígena” surge a partir da década de 80 e seu amplo desenvolvimento esteve associado, nomeadamente, à atuação da ONG Vídeo nas Aldeias. Hoje, as sementes plantadas por este projeto inaugural brotam entre diferentes povos, cujas produções vêm assumindo novas e variadas formas.

Dupla imagem, duplo ritual: A Fotografia e o Sutra Lótus Primordial

Esta tese é fruto de sete anos de intenso convívio com a comunidade Honmon Butsuryu-shu (HBS), um segmento do Budismo japonês considerado o primeiro desta tradição a se fazer presente no Brasil. Por meio de pesquisas de campo realizadas em templos locais, mas também no Japão, Índia e Nepal, tive a oportunidade de acompanhar o cotidiano dos monges e dos adeptos e apreender, de forma ímpar, como se estabelecem as diversas cerimônias, os contextos simbólicos e as relações de poder entre os sacerdotes, fiéis e leigos.

A epigrafia e os Maya: uma análise historiográfica do processo de construção da imagem de um povo a partir de sua escrita

Esta dissertação é o resultado da pesquisa de mestrado cujo objetivo foi apresentar de maneira sintética as principais transformações nos paradigmas que pautaram a interpretação dos sistemas de escrita mesoamericanos, em especial o Maya, e como estes processos impactaram no engendramento de uma identidade indígena exógena aos próprios grupos étnicos. A escrita Maya é o fio condutor da investigação, que, em sua configuração múltipla, estende-se pelo escopo da Antropologia, História, Linguística e Arqueologia.

CRACK, CASA E FAMÍLIA: uma etnografia sobre cuidados, (des) afetos e emoções.

Busco analisar nessa dissertação alguns temas transversais que se mostraram indissociáveis entre si na etnografia realizada sobre relações familiares de usuários de crack nas cidades de Sorocaba, São Paulo e Campinas. Tais noções como “cuidado” e “desconfiança”, mas também “casa” e mesmo “família”, permitem refletir sobre as maneiras como essas pessoas concebem ideias de conexões e desconexões que são constituintes de sua vida social.