Antropologia Social

Da praça aos palcos: trânsitos e redes de jovens drag queens de Campinas-SP

A pesquisa tem como foco a análise dos trânsitos de jovens, da periferia de Campinas, que se montam e aspiram à carreira de drag queen, apresentando-se em boates GLS, concursos, e paradas LGBT em Campinas e em outras cidades. Boa parte desses jovens vem de meios desprivilegiados e em sua maioria se consideram negros. A metodologia da pesquisa proposta é de fundamento etnográfico, contando com entrevistas em profundidade e observação participante.

Habitar entre Grades: Táticas de vida no cotidiano de uma penitenciária feminina

Esta pesquisa foi realizada a partir de um projeto de leitura desenvolvido entre as pessoas que
moravam ou estavam de passagem pelo “pavilhão do RO” numa penitenciária feminina de São Paulo.
Por meio desses encontros, busquei mostrar as táticas cotidianas que envolviam os esforços em
habitar a prisão. Tais esforços, responsáveis tanto por produzir aspectos ordinários do dia-a-dia,
quanto capazes de acionar táticas extremas para manutenção da vida, conviviam e mesclavam-se na

Invenções indígenas: antropologias, políticas e culturas em comparação desde os movimentos Nahua (Jalisco, México) e Tupinambá (Bahia, Brasil)

Esta pesquisa é uma comparação entre o movimento indígena dos Tupinambá de Olivença, no sul da Bahia, Brasil, e o dos Nahuas de Ayotitlán, no sul de Jalisco, México. Em ambos os casos se tratam de lutas pelo reconhecimento de direitos e pela reconstituição como populações indígenas, demandas que, no entanto, tem sido questionadas pelas populações vizinhas, governos e especialistas por considerá-los indígenas aculturados ou misturados.

“O Tekoha como uma criança pequena”: uma etnografia de acampamentos Kaiowá em Dourados (MS)

Desde os anos 1990, as ocupações de terra e montagem de acampamentos conhecidos como “de lona preta” se tornaram uma das formas de demandar desapropriação e distribuição de terra ao Estado brasileiro. Nos últimos 30 anos, esta forma de reivindicação havia sido associada a trabalhadores rurais sem-terra. No entanto, indígenas Kaiowá da região de Dourados, no sul do Mato Grosso do Sul, também têm se utilizado dessa linguagem de demanda para reivindicar terras consideradas por eles como tekoha, isto é, como seus territórios ou espaços de vida tradicionais.

O CATIMBÓ NAS CASAS DE DETENÇÃO DO RECIFE (1880-1920)

Esta dissertação trata da perseguição ao uso ritual da planta denominada Jurema  no nordeste brasileiro, no interior das casas onde se praticava o Catimbó, de 1880 a 1920. Desde a Inquisição Portuguesa na região Nordeste, a jurema e seus praticantes foram perseguidos pelas instituições de Estado. No final do século XVIII, o uso ritual da jurema se disseminou entre a população branca e negra.