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O CATIMBÓ NAS CASAS DE DETENÇÃO DO RECIFE (1880-1920)

Esta dissertação trata da perseguição ao uso ritual da planta denominada Jurema  no nordeste brasileiro, no interior das casas onde se praticava o Catimbó, de 1880 a 1920. Desde a Inquisição Portuguesa na região Nordeste, a jurema e seus praticantes foram perseguidos pelas instituições de Estado. No final do século XVIII, o uso ritual da jurema se disseminou entre a população branca e negra. A hipótese dessa pesquisa é a de que tal disseminação articulou-se à espoliação das terras indígenas na região, provocando sua territorialização pelos variados bairros da cidade de Recife, foco de nossa investigação. Os periódicos Jornal Pequeno, Jornal do Recife e A Província foram analisados no período que se estende de 1880 a 1920, nos quais foram encontradas as ocorrências policiais e denúncias, em larga escala realizadas por vizinhos, a respeito da prática de catimbós. Nestas ocorrências constavam tanto pedidos de intervenções de agentes do Estado para que se dessem cerco às casas onde se praticava o Catimbó, quanto a exposição de objetos apreendidos, a exemplo de dinheiro, santos, fumo, velas, espadas, roupas e a própria jurema. Os acusados de prática de “feitiçaria”, “bruxaria”, ou “charlatanismo” eram encaminhados à Casa de Detenção do Recife.

Data da defesa: 
sexta-feira, 22 Setembro, 2017 - 13:00
Membros da Banca: 
Nádia Farage - orientador
Paulo José Brando Santilli - membro externo
Amnéris Ângela Maroni - membro interno
Mauro William Barbosa de Almeida - suplente interno
Alfredo Luiz Paes de Oliveira Suppia - suplente externo
Nome do Aluno: 
Fábio Luiz Pimentel
Sala da defesa: 
Sala de Defesa de Tese
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