Próximas Defesas

Para agendar a Defesa de Tese:

 

A Defesa de Tese deve ser agendada no sistema SIGA (DAC/UNICAMP), através de uma série de procedimentos que podem ser observados no Manual de Defesa de Dissertação/Tese - clique aqui.

 

 

 

“SER TÃO BRASIL”: RASTROS DE MEMÓRIAS, ESCRITAS DE HISTÓRIAS E TEMPOS EM TRANSE (ARQUIVO DO CNFCP-IPHAN NA ERA DIGITAL)
Aluno(a): Vagner Silva Ramos Filho
Programa: História
Data: 23/05/2025 - 14:00
Local: Sala de Defesa de Teses - IFCH/UNICAMP
Membros da Banca:
  • Iara Lís Franco Schiavinatto - Orientadora (UNICAMP)
  • Cristina Meneguello (UNICAMP)
  • Thiago Lima Nicodemo (UNICAMP)
  • Antonio Gilberto Ramos Nogueira (UFC)
  • Antônio Fernando de Araújo Sá (UFS)
Descrição da Defesa:

A tese aborda o arquivo hemerográfico do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP), vinculado ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como um dispositivo de imagens sobre passados de diferentes lugares da nação. Diante de sua figuração como um atlas de rastros mapeados por vários estados do país, problematizo distintos modos de fazer ver e dizer passados do povo registrados nele, sobretudo ao longo do século XX entre dinâmicas globais do folclore, da cultura popular e do patrimônio, a fim de entender alguns traços de sua emergência, de transformações de seu funcionamento até ocupar um lugar central na era digital e de subjetivações que provoca. A hipótese defendida é a de que as atualizações de sentidos que faz, marcadas por lógica simultânea de domesticação e de idealização de passados, indicam acordos e disputas que dizem muito sobre seus mecanismos de atuação. Argumento que os usos políticos do passado que opera, em meio a linhas variadas de sedimentação de imagens unitárias e de fraturação delas, explicitam um emaranhado de relações entre políticas de memória, de escritas de história e de tempo atuantes na construção dessas percepções no debate público. Uma abordagem mais sistemática de memórias do sertão da região nordestina, em que o passado do modo de vida à margem da lei do cangaço é um dos seus espectros mais sintomáticos, foi feita para expor procedimentos significativos deste atlas que encena tempos da nação. Com base em Teorias da História, da História da Historiografia e da Memória, realizo uma cartografia desse arquivo por meio da análise de determinadas redes intelectuais que permitem desemaranhar algumas linhas de sua constituição historicamente situada. O principal núcleo de fontes utilizado é a própria documentação do atlas, especialmente os recortes de jornais publicizados em sua hemeroteca digital. O estudo do arquivo é o ponto de estabilidade dessa pesquisa que envolve a análise de uma série mais ampla de vestígios sobre os temas em cena relacionados a escritas, imagens, lugares, performances e outras artes. A tese busca contribuir com pesquisas históricas interessadas em entender como imagens de passado em conflito neste atlas, ou realizadas a partir dele, se entrelaçam em lutas bastante variadas do presente e contendas sobre seus legados para o futuro.

Helios Seelinger na Primeira República
Aluno(a): João Victor Rossetti Brancato
Programa: História
Data: 18/06/2025 - 09:00
Local: Sala de Projeção - IFCH
Membros da Banca:
  • Jorge Sidney Coli Junior - Orientador (UNICAMP)
  • Rafael Cardoso Denis (UERJ)
  • Maraliz de Castro Vieira Christo (UFJF)
  • Domingos Tadeu Chiarelli (USP)
  • Sônia Gomes Pereira (UFRJ)
Descrição da Defesa:

A tese investiga a trajetória de Helios Aristides Seelinger (Rio de Janeiro, RJ, 1878 – Rio de Janeiro, RJ, 1965) ao longo da Primeira República (1889-1930), período de sua formação e consolidação como um pintor moderno no meio artístico brasileiro. A partir da análise de obras exibidas em circuitos artísticos, da recepção crítica na imprensa e de sua inserção em redes de sociabilidade, reconstitui-se sua atuação com base em pesquisas em coleções públicas e privadas, arquivos institucionais e pessoais, e periódicos da época. O foco em Seelinger permite compreender as estratégias individuais mobilizadas por artistas diante das ambivalências em torno do conceito de arte moderna no período. A tese propõe uma revisão crítica da historiografia da arte no Brasil, destacando a pluralidade de experiências modernas e os embates em torno da definição e do controle do valor moderno no campo artístico da Primeira República.