Linhas de Pesquisa
Esta área de concentração tem por finalidade lidar com o objeto artístico e cultural e com as formulações teórico-historiográficas a ele vinculadas. Ao mesmo tempo, explora suas conexões com outros domínios da produção sociocultural. A área oferece aos alunos de pós-graduação um treinamento metódico que lhes permita trabalhar nas questões referentes à História da Arte como um todo, incluindo problemas teóricos, museológicos e de conservação.
A área se configura como um coletivo de pesquisas sobre as dinâmicas sociais e a pluralidade de linguagens políticas e se constitui como um lugar de criação e debates sobre a história e o fazer historiográfico, com liberdade diante das tradições teóricas e condutas historiográficas. A política é compreendida em perspectiva transdisciplinar e em suas múltiplas formas de exteriorização em um campo de tensões a ser problematizado a partir dos agentes e das linguagens que o constituem. Historicizam-se as relações entre os sujeitos em suas dimensões sociais, econômicas, políticas e culturais na América, Europa e África, em distintas temporalidades. Ao articular contextos e problemáticas tradicionalmente estudados de forma compartimentada, forma-se um ângulo analítico renovado para o estudo das dinâmicas políticas que coloca em perspectiva crítica a própria historicidade da historiografia, particularmente no que toca ao eurocentrismo. Para tanto, a área constitui cinco campos principais de reflexão: 1) manifestações do pensamento político e religioso cristão (séculos IX- XXI) em situações históricas específicas, as quais se exteriorizam temporalmente na idade média, na modernidade afro-euro-americana e na contemporaneidade: suas matrizes teóricas e os temas imbricados em sua argumentação (igreja, feudalismo, indivíduo, liberdade, poder, trabalho, riqueza, pobreza, revolução, cidadania, desigualdades, Estado); 2) imbricamentos entre práticas políticas (linguagens, governabilidades, deslocamentos, jogos de representação, dimensões simbólicas e utópicas) e práticas culturais (literatura, edição, imprensa, alimentação, fotografia, cinema, ilustrações e mídias), como expressão de correlações entre estética, política e dinâmicas de poder; 3) análise da historiografia brasileira e internacional explorando redes intelectuais, vínculos entre a memória e a história e as relações tecidas entre os conceitos, representações e movimentos sociais; 4) produção do universo urbano pela constituição histórica da cidade, pensada como o lugar simbólico e político da formação do cidadão – o sujeito jurídico de direitos –, como modo pelo qual desenvolve diferentes formas de percepção e apropriação do espaço edificado – público e privado – e como campo de tensões constituído e percebido a partir de várias linguagens e áreas de conhecimento; 5) culturas políticas de indígenas, africanos e seus descendentes e o modo como elas informam relações de poder e suas lutas por direitos em situações de exclusão e marginalização. Tais campos temáticos são articulados em dois eixos principais, cada um deles constituindo uma linha de pesquisa
Esta área estuda a produção das diferenças de classe, raça e gênero ao longo do tempo, buscando entender de que maneira elas atuaram na conformação dos processos de dominação e exploração e como impactaram as identidades e os conflitos entre os diversos sujeitos históricos. As pesquisas enfocam o estudo dos grupos subalternos: suas relações horizontais e verticais de confronto e solidariedade, seus valores e reivindicações, bem como suas formas de atuação. Interessam também aos pesquisadores da área as maneiras pelas quais esses grupos foram vistos e representados por intelectuais, autoridades, patrões e outros agentes com os quais se defrontam em diferentes situações de sua experiência cotidiana. As duas linhas de pesquisa que compõem a área estão conectadas, enfatizando temáticas específicas no interior destas questões mais amplas.
Esta área de concentração dedica-se à produção do conhecimento histórico em suas temáticas e múltiplas temporalidades, considerando a memória, as visualidades e a cultura como dimensões constitutivas do social. As perspectivas teórico-metodológicas contempladas incluem as transformações do campo historiográfico (conexões, trânsitos, descontinuidades), a pluralidade de perspectivas (Estudos Visuais, Estudos em Patrimônio e em Arqueologia Pública, História Cultural, Intelectual e Ambiental), a interdisciplinaridade em campos como memória, estudos das imagens, subjetividades, gênero, discursos, narrativas e a incorporação de repertórios que problematizam o saber histórico e seus sentidos no mundo contemporâneo. A área considera a potência transformadora da análise historiográfica, reconhecendo que o trabalho dos historiadores e historiadoras é marcado por suas subjetividades, pelo olhar crítico em relação às fontes e às tradições historiográficas, pelas formas de escrita da História e pela historicização dos acontecimentos.