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A Defesa de Tese deve ser agendada no sistema SIGA (DAC/UNICAMP), através de uma série de procedimentos que podem ser observados no Manual de Defesa de Dissertação/Tese - clique aqui.

 

 

 

CIÊNCIA E TECNOLOGIA À LUZ DA FILOSOFIA CHINESA: ALINHAMENTO OU ALTERNATIVA À MODERNIDADE OCIDENTAL?
Aluno(a): Eduardo Vichi Antunes
Programa: Ciências Sociais
Data: 27/06/2025 - 14:00
Local: Teses I - IFCH/UNICAMP
Membros da Banca:
  • Prof. Dr. Antonio Florentino Neto (Orientador) Universidade Estadual de Campinas /Campinas
  • Prof. Dr. Rafael de Brito Dias - FCA/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Celio Hiratuka - IE/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Osvaldo Frota Pessoa Junior - Universidade de São Paulo
  • Prof. Dr. Javier Alberto Vadell - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Descrição da Defesa:

A China possui um ponto de partida próprio para abordar a noção da técnica e, por conseguinte, os universos da ciência e da tecnologia. Ao contrário da essência grega, as principais escolas da filosofia chinesa (confucionismo, daoísmo e budismo) pensam a existência a partir da inter-relacionalidade e do vazio, duas instâncias complementares na dinâmica do yinyang. Desvendar o prisma chinês sobre o universo da prática científica e dos objetos tecnológicos foi o que motivou esta tese, tarefa concluída por meio dos quatro capítulos que integram o corpo do texto. No primeiro, abordamos a origem da filosofia inter-relacional no Clássico das Mudanças. No segundo, elucidamos os preconceitos da sinologia quanto à suposta inaptidão dos chineses para a criação de uma ciência moderna, ao mesmo tempo questionando as definições de tal ciência. No terceiro, passamos à análise detalhada da visão filosófica chinesa sobre a ciência e a tecnologia em adequação com a cosmotécnica chinesa tal como proposta por Yuk Hui. No quarto e último capítulo, estabelecemos um triálogo entre Yuk Hui, Zhao Tingyang e Kang Youwei a fim de fundir suas visões em uma nova proposta de organização do sistema internacional que contemple tanto as cosmovisões sobre a técnica de cada povo quanto a necessidade de um sistema de governança global que protegerá e será legitimado por tais cosmovisões. Concluímos a tese com a constatação de que o caminho para um mundo livre da imposição homogeneizadora da cosmotécnica ocidental será construído à medida do caminhar, não havendo regra fixa a ser seguida.

Sou Eu Angoleiro Que Vem do Sertão”: uma Etnobiografia de Mestre Claudio Costa, mestre de capoeira angola em Feira de Santana, Bahia
Aluno(a): Natália Rizzatti Ferreira
Programa: Ciências Sociais
Data: 30/06/2025 - 13:30
Local: Teses I - IFCH/UNICAMP
Membros da Banca:
  • Prof. Dr. Christiano Key Tambascia (Orientador) - IFCH/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Luiz Gustavo Freitas Rossi - IFCH/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Josivaldo Pires de Oliveira - Universidade do Estado da Bahia
  • Profa. Dra. Marcela Pastana - UNESP - Assis
  • Profa. Dra. Karine Teixeira Damasceno - Pontificia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Descrição da Defesa:

Frente a acontecimentos, como o reconhecimento da capoeira como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco em 2014 e, antes, como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 2008, que tendem a difundir a capoeira mundo afora, torna-se importante aprofundar os estudos que abordam os sujeitos sociais envolvidos com a produção e a transmissão desta prática cultural. Assim, tomo como foco da análise desta pesquisa a trajetória de vida de Mestre Cláudio Costa (1967-), natural de Feira de Santana, na Bahia, onde fundou a escola de capoeira Angoleiros do Sertão, na década de 1990. É objetivo central desta tese desenvolver uma etnobiografia do percurso biográfico deste capoeirista angoleiro no período de 1980 a 2000, que compreende os momentos de seu reconhecimento social à condição de mestre de capoeira, bem como da criação e atuação de sua escola de capoeira angola. Apresento uma reflexão sobre como a trajetória pessoal de Mestre Cláudio ilumina processos históricos e simbólicos da capoeira no sertão baiano, revelando a cidade de Feira de Santana como um espaço dinâmico de produção cultural, em contraste com narrativas hegemônicas centradas em Salvador.

Elas no poder: violência política de gênero em perspectiva interseccional no contexto alagoano
Aluno(a): Manuella Paiva de Holanda Cavalcanti
Programa: Ciências Sociais
Data: 28/07/2025 - 14:00
Local: Teses I - IFCH/UNICAMP
Membros da Banca:
  • Profa. Dra. Angela Maria Carneiro Araújo (Orientadora) - IFCH/ UNICAMP
  • Profa. Dra. Regina Facchini - REIT/ UNICAMP
  • Profa. Dra. Bárbara Geraldo de Castro - IFCH/ UNICAMP
  • Profa. Dra. Cibele Maria Lima Rodrigues - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
  • Prof. Dr. Eden Erick Hilário Tenório de Lima - Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas
Descrição da Defesa:

Esta investigação tem como objetivo compreender quais são as percepções e as experiências das mulheres eleitas e candidatas nos dois níveis do poder legislativos, Câmara Municipal de Maceió e a Assembleia Legislativa de Alagoas, sobre violência política de gênero em perspectiva interseccional. A tese está estruturada teórica e metodologicamente em dois pilares: os estudos de gênero e os da teoria interseccional. Ambos com o intuito de compreender as vivências, as formas, os impactos e as percepções das mulheres candidatas e eleitas sobre violência política contra as mulheres. Assim, a abordagem adotada foi a pesquisa qualitativa. Para tanto, foram realizadas nove entrevistas semiestruturadas, com três vereadoras eleitas em 2020, três deputadas estaduais eleitas em 2022, e três mulheres candidatas no período entre 2020 e 2022. Os dados foram tratados e analisados a partir da técnica de análise de conteúdo de Bardin (1997). Os resultados evidenciam que, no contexto alagoano, a violência política de gênero em perspectiva interseccional direcionada às mulheres se apresenta como dispositivo que funciona como mecanismo para desqualificar, desencorajar, limitar, dificultar, descredibilizar e coagir a atuação e a participação das mulheres na política partidária. Tal mecanismo de exclusão opera por meio de atos de violência moral, psicológica, verbal, simbólica e econômico, podendo causar danos à inserção e permanência das mulheres na política partidária, prejudicando-as tanto na conquista do espaço no parlamento quanto no próprio exercício do mandato. A violência se manifesta a partir das opressões cruzadas e entrelaçadas dos destintos eixos de opressão - gênero, raça, classe social, faixa etária, geográfico (de bairro), orientação sexual e identidade de gênero. E as motivações são decorrentes das violências institucionais sexista e racista, LGBTQIAPQN+fóbica, pela questão da faixa etária, discriminação por classe social e pertencimento a bairros populares e periféricos. Em contrapartida, os dados demostram também que essas mulheres têm ressignificado os espaços de poder, pois elas reagem e buscam estratégias para enfrentar as formas de violência, tanto pelo dispositivo legal, estabelecido pelas regras jurídicas para prevenir, reprimir e combater a violência, conforme a Lei nº 14.192/2021, como nos enfrentamentos diárias, sejam no próprio parlamento, nos partidos e nas ruas. Com isso, essas mulheres seguem (re)significando esses espaços para que tantas outras possam ocupar a política partidária, e que, sobretudo, não precisem sofrer violências como o custo a se fazer política para/com as mulheres.