História

Dimensões da cor e faces da política no Império do Brasil: um estudo a partir da trajetória do visconde de Jequitinhonha

Velho conhecido dos estudiosos do Oitocentos brasileiro, Francisco Gê Acaiaba de Montezuma, visconde de Jequitinhonha (1794-1870), constitui personagem ainda pouquíssimo explorado pela historiografia. Baiano nascido livre e marcado pelos sinais da ancestralidade africana, ele transitou com grande fôlego por entre os mundos da política e das letras dos tempos do Império. Neles, fez fortuna. E destacou-se no interior de esferas tradicionalmente ocupadas por sujeitos que, muitas vezes, se não socialmente qualificados como brancos, ao menos pareciam se querer reconhecidos como tais.

Mulheres negras, mercado de trabalho, racismo e sexismo (Campinas, 1876 -1892)

A história do trabalho e dos trabalhadores tem sido alvo de diversos estudos na historiografia brasileira. Contudo, as experiências e agências de trabalhadores negros livres e libertas, no contexto da escravidão, ainda contam com poucas análises. Principalmente, no que se refere às vivências das mulheres negras. Sendo assim, esta dissertação tem como principal objetivo atentar para aspectos da presença dessas personagens no mundo do trabalho em Campinas, entre 1876 e 1892.

PELOS CAMINHOS DO ROSÁRIO: CONSTRUÇÃO DA IGREJA DO ROSÁRIO DOS HOMENS PRETOS COMO UM PATRIMÔNIO PAULISTANO (1954-1992)

Esta pesquisa busca entender o processo de patrimonialização da Igreja do Rosário dos Homens Pretos de São Paulo. Para tanto, analisa a produção de sentido que envolve esse templo, por meio de narrativas valorativas que lhe são dedicadas, principalmente, a realizada pelo intelectual negro Raul Joviano Amaral, contida no livro de sua autoria: Os Pretos do Rosário de São Paulo: subsídios históricos, publicado em 1991, e pelo processo de tombamento do templo, realizado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo, finalizado em 1992.

BICHO DE SETE CABEÇAS: A CRIMINALIZAÇÃO DA MACONHA NO RIO DE JANEIRO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX

O compromisso firmado internacionalmente pelo governo brasileiro no controle do plantio, uso e venda da Cannabis é o ponto de partida para o bicho de sete cabeças que se tornaria a política de drogas no país. O objetivo desta tese foi entender como a nova política se atrelou às práticas repressivas anteriormente estabelecidas no Brasil e incidiu sobre a vida das pessoas que se tornaram alvo de suas penalidades. Para isso, foram percorridos dois caminhos que estão indicados pelas duas partes que organizam o texto.

Articulações Pan-Americanas: a história em pauta nos Congressos Pan-Americanos de Arquitetos no Entreguerras

Esta tese de doutorado analisa as cinco primeiras edições dos Congressos Pan-Americanos de Arquitetos (Montevidéu, 1920; Santiago do Chile, 1923; Buenos Aires, 1927; Rio de Janeiro, 1930; Montevidéu, 1940) com o objetivo de compreender os efeitos das articulações operadas entre os debates profissionais e políticos colocados em disputa nesses eventos.

Patrícios em Rede: a interferência dos imigrantes sírio-libaneses no processo de urbanização paulistana (1887-1928)

O processo de expansão da área urbanizada do município de São Paulo teve como principal motriz a iniciativa privada, que promoveu diversas modificações na tessitura urbana ao longo do final do século XIX e início do XX. Fazer da cidade um negócio foi uma postura comum entre citadinos, criando um ambiente em que o imóvel cada vez mais se tornava rentável e possibilitava que a sociedade se estruturasse em torno dos bens de raiz.

Política, Paisagem e Cidade: criações, disputas e diálogos a partir de Saturnino de Brito

Esta tese examina a obra de Saturnino de Brito, profissional reconhecido no campo das engenharias ao longo da Primeira República no Brasil. Sua atuação o fez viajar por quase todo o território nacional elaborando planos de saneamento associados às obras urbanas naquele contexto de modernização do país.

“Um ato digno de louvores”: assistência e beneficência na Santa Casa de Misericórdia de Campinas (1876-1889).

A Santa Casa de Misericórdia de Campinas foi capaz de envolver diferentes setores sociais em seu entorno. Esse vínculo com a população campineira se moldou a partir de diferentes funções que a instituição exerceu na sociedade, definidas, neste trabalho, pelo seu papel nos setores na assistência, na beneficência, na saúde pública, na religião e na sociabilidade.