Demografia

A proposta de reorganização escolar da rede estadual paulista no final de 2015 suscitou interesses de pesquisa em diferentes áreas do conhecimento. A referida política pública previa o fechamento de 94 escolas e a oferta de apenas uma dos três ciclos dos Ensinos Fundamental e Médio em pouco mais de 700 unidades. A reforma da rede foi justificada por argumentos pedagógicos e demográficos. Neste trabalho, procuramos explorar os usos da Demografia em políticas públicas de educação, para além das estatísticas utilizadas na proposta de reorganização.

Esta pesquisa se insere no âmbito do Observatório das Migrações em São Paulo (NEPO/IFCH/UNICAMP) e tem como objetivo compreender objetivo central o estudo das migrações oriundas do Piauí para a colheita da laranja no interior paulista e suas espacialidades na cidade do agronegócio (ELIAS, 2003; 2011) de Matão/SP. As idas e vindas de trabalhadores rurais migrantes no destino contribuem para a composição social do espaço intra-urbano (VILLAÇA, 2011) de pequenas e médias cidades pertencentes ao arranjo urbano-rural regional da citricultura (DEMÉTRIO, 2017).

A partir dos anos 90, a dinâmica da migração internacional colombiana, impulsionada por seu rápido crescimento, reforçou uma heterogeneidade ligada tanto às características sociodemográficas dos migrantes quanto aos destinos escolhidos. A partir dessa dinâmica e de suas transformações, o objetivo desta pesquisa é construir o perfil da imigração colombiana no Brasil no século XXI, revelando suas características e heterogeneidade.

A identificação das características domiciliares e regionais com influência no risco de mortalidade adulta pode ajudar no desenvolvimento de políticas e ações direcionadas a tratar esse problema de saúde e socioeconômico. Aumentos na expectativa de vida serão menos alcançados por maiores reduções somente na mortalidade infantil. Em todos os países, progressos futuros na expectativa de vida irão depender da mortalidade em algum grau.

O Brasil observou ao longo das décadas de 1960 a 2000 uma grande queda das suas taxas de fecundidade de período, guiadas pelo aumento do controle reprodutivo de mulheres casadas e de grupos sociais de escolaridade mais baixa. Concomitante à queda da fecundidade o país passou por uma diversidade de mudanças sociodemográficas de cunho cultural e estrutural, dentre as quais destacam-se a expansão do ensino, o aumento da participação feminina no mercado de trabalho e mudanças nas relações de gênero.

Este trabalho tem como objetivo analisar a relação entre programas de transferência de renda condicionada na reprodução das mulheres brasileiras, com especial atenção ao Programa Bolsa Família (PBF) do Brasil. Com base nos dados do Censo de 2010, foi analisada a fecundidade de diferentes coortes para distintos grupos de mulheres, beneficiárias e não beneficiárias do programa.