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POLÍTICA DE TRANSFERÊNCIA DE RENDA E FECUNDIDADE DE COORTE: O CASO DO BOLSA FAMÍLIA

Este trabalho tem como objetivo analisar a relação entre programas de transferência de renda condicionada na reprodução das mulheres brasileiras, com especial atenção ao Programa Bolsa Família (PBF) do Brasil. Com base nos dados do Censo de 2010, foi analisada a fecundidade de diferentes coortes para distintos grupos de mulheres, beneficiárias e não beneficiárias do programa. De acordo com os resultados, encontrou-se diferenças significativas na parturição e razão de progressão de parturição das mulheres beneficiárias do programa em comparação com as não beneficiárias, tendo as primeiras, normalmente, apresentado um número médio de filhos maior que as mulheres não contempladas pelo programa. Aparentemente, elas anteciparam sua fecundidade, especialmente nas ordens de 2-3 filhos, como resultado da condicionalidade do PBF, que permite a inclusão de até três filhos de 0-14 anos. Este resultado se mostrou consistente, mesmo controlando-se por diferentes grupos educacionais e regiões do país. Estes achados contrariam a literatura recente que argumenta para um efeito nulo do PBF nas TFTs das mulheres brasileiras, reforçando o ponto que análises de coorte e ciclo de vida possivelmente preenchem algumas lacunas deixadas pelos estudos precedentes de fecundidade de período.

Data da defesa: 
terça-feira, 19 Fevereiro, 2019 - 17:00
Membros da Banca: 
Prof. Dr. Everton Emanuel Campos de Lima (IFCH/UNICAMP) - Orientador
Profa. Dra. Laeticia Rodrigues de Souza (NEPO) - Membro
Prof. Dr. Dr. Bernardo Lanza Queiroz (UFMG) - Membro
Profa. Dra. Ana Paula de Andrade Verona (UFMG) - Suplente
Profa. Dra. Glaucia dos Santos Marcondes (NEPO) - Suplnte
Programa: 
Nome do Aluno: 
Camila Ferreira Soares
Sala da defesa: 
Auditório do NEPO
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