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A fração cultural das classes médias paulistanas: posições políticas, estilos de vida e fronteiras simbólicas
Aluno(a): Gustavo de Sousa Vieira
Programa: Sociologia
Data: 29/04/2024 - 10:00
Local: Sala de Defesa de Teses I
Membros da Banca:
  • Prof. Dr. Michel Nicolau Netto (Presidente) (Orientador) - IFCH/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Adalberto Moreira Cardoso - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Profa. Dra. Carolina Martins Pulici - Universidade Federal de São Paulo
Descrição da Defesa:

Esta pesquisa trata da relação entre estilos de vida, posições políticas e demarcação de fronteiras simbólicas entre a fração cultural das classes médias paulistanas. Em linha com a abordagem que vem sendo chamada de Análise cultural de classes, as frações de classe culturais são definidas como o conjunto de agentes pertencentes a uma mesma classe social que dependem mais do capital cultural que do capital econômico para a reprodução de sua posição social e para a demarcação de suas hierarquias de status. No caso da fração cultural das classes médias paulistanas, ela é apresentada como sendo composta por indivíduos inseridos em posições intermediárias de ocupações relacionadas à ciência, arte, academia, produção cultural, docência, jornalismo, assistência social, e algumas profissões liberais. O objetivo principal da pesquisa é entender quais os efeitos específicos da fração de classe sobre as tomadas de posições e sobre as construções identitárias. A hipótese de trabalho é a de que entre esta fração de classe seria possível encontrar tomadas de posições fortemente marcadas pelo esforço de valorização do capital cultural e de denegação do capital econômico, o que inclinaria os agentes para a demarcação de uma fronteira simbólica que os opõe à fração econômica da mesma classe. Para testar esta hipótese são observadas as particularidades das tomadas de posições desses agentes nos domínos dos posicionamentos políticos e dos estilos de vida, o que é feito por meio da aplicação de questionários sobre posições políticas e estilos de vida com vinte e sete indivíduos pertencentes, majoritariamente, à fração cultural das classes médias da cidade de São Paulo, e da realização de entrevistas em profundidade sobre os mesmos temas com vinte e três deles. Os dados produzidos mostram que, para o caso dos posicionamentos políticos, a integração as posições estruturais típicas das frações culturais tende a ser marcada pela cobrança por posicionamentos políticos de esquerda, que, por sua vez, tendem a ser as mais vantajosos para a valorização do capital cultural em comparação com o econômico. Da mesma forma, para os estilos de vida, as posições típicas das frações culturais são também identificadas por práticas e gostos culturais orientados para a valorização da cultura legitimada, igualmente estratégicas para a valorização do capital cultural como critério de hierarquização social. Desta forma, os resultados apontam para os efeitos estruturantes do capital cultural sobre a fração cultural, inclinando-a para a valorização do capital cultural, denegação do econômico e, com isso, para a demarcação de uma fronteira simbólica contra a fração econômica. Porém, como efeito não-intencional dessa construção identitária, as estratégias de valorização do capital cultural operam ainda no sentido de restringir a entrada das classes populares nas posições culturais intermediárias.

A ESPIRAL INSACIÁVEL DO CAPITAL E O MOVIMENTO DA SUPERPOPULAÇÃO RELATIVA (BRASIL - 2012 A 2022)
Aluno(a): Renata Falavina Cardoso de Oliveira
Programa: Sociologia
Data: 04/06/2024 - 14:00
Local: Sala de Defesa de Teses I
Membros da Banca:
  • Prof. Dr. Ricardo Luiz Coltro Antunes (Presidente) (Orientador) - IFCH/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Jose Dari Krein - IE/ UNICAMP
  • Prof. Dr. Davisson Charles Cangussu de Souza - Universidade Federal de São Paulo
Descrição da Defesa:

O objetivo da presente Dissertação é apresentar a potencialidade analítica da categoria marxiana de superpopulação relativa e apresentar dados quantitativos sobre o volume e a composição do excedente estrutural de força de trabalho no Brasil de 2012 a 2022. Para tanto, será apresentado um instrumento teórico-metodológico de mensuração da superpopulação relativa. Os resultados apontam para um aumento do excedente de força de trabalho durante o período de 2012 a 2022 e para a predominância da forma estagnada da superpopulação relativa. Assim, pretende-se contribuir para uma melhor e mais profunda compreensão acerca da problemática social que envolve a impossibilidade estrutural de que uma parte da classe trabalhadora venda sua força de trabalho.