Ciências Sociais

A presente tese teve como problema central entender o pretenso e crescente uso da filosofia para a construção, amparo e melhoria do self, através de produtos de consumo de filosofia pertencentes ao que foi conceituado como filosofia selfie service. O trabalho teve como objetos específicos a The School of Life, escola livre de filosofia para a vida cotidiana, fundada por Alain de Botton na Inglaterra e com sedes no Brasil; e algumas obras do filósofo Alain de Botton.

Os grupos de extermínio atuantes na região de fronteira entre Pernambuco e Paraíba assassinam, dentre suas vítimas, adolescentes e jovens em conflito com a lei, supostos “marginais”, trabalhadores rurais, sem-terras e homossexuais. Este “dado”, constante no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito do Extermínio do Nordeste, concluída no ano de 2005 na Câmara de Deputados, ensejou a pergunta que inaugurou o trabalho de pesquisa desta tese: como “grupos sociais” tão diversos como trabalhadores sem terra e LGBT figuram como vítimas das mesmas armas?

A pesquisa investiga as relações de trabalho na indústria cultural, mais precisamente no campo da música, por meio da análise das atividades de músicos independentes. As configurações da condição independente na produção cultural têm sido definidas principalmente pelo financiamento alternativo ao Estado. Neste estudo, contudo, a proposta é entender o independente enquanto aquele que desenvolve o seu trabalho de criação, produção, promoção e distribuição de forma autônoma às gravadoras e conglomerados do entretenimento.

Este trabalho tem por objetivo analisar a emergência de uma corrente feminista anti-essencialista na França nos anos 1970. No cruzamento da história do feminismo, história intelectual e sociologia das idéias, o objetivo é recuperar a gênese desse approche, os debates e conflitos que o atravessaram. Referimo-nos particularmente ao grupo que se reagrupava, a partir da metade dos anos 1970, no coletivo da revista Questions féministes, entre as quais: Christine Delphy, Colette Guillaumin, Nicole-Claude Mathieu, Monique Wittig, conhecidas como pertencentes ao “feminismo materialista”.

O propósito fundamental desta pesquisa é compreender como os povos indígenas Muina (uitoto), Muinane, Andoke e Nonuya da Amazônia colombiana - autonomeados “Gente do centro”-, defendem sua vida social e constroem posições políticas autônomas frente aos atores do conflito armado, a guerrilha das FARC e o exército oficial. A guerra colombiana, que chega a seu término depois de cinquenta e dois anos, estendeu sua dinâmica armada, na última década, para os territórios amazônicos dos povos indígenas.