Antropologia Social

Além da dúvida razoável. Radiografia da morte violenta e não violenta em São Paulo.

A partir de uma etnografia realizada no Programa de Localização e Identificação de Pessoas Desaparecidas (PLID) de São Paulo, o qual tem como foco o processo de identificação humana dos corpos e suas partes. Essa dissertação tem como objetivo examinar e refletir entre várias comunicações burocráticas inscritas em documentos oficiais responsáveis por gerenciar a morte violenta e não violenta do Estado.

Construindo a história: representações do passado em um contexto pós-iugoslavo

Atualmente, vivencia-se na Sérvia um processo de reescrita da história que se vincula diretamente à reformulação da identidade nacional. Esse processo se caracteriza, sobretudo, pela elaboração de novas interpretações sobre eventos do passado nacional, valorização de personagens marginalizados dentro da perspectiva socialista e disputas entre os antigos grupos nacionais iugoslavos por símbolos até então compartilhados.

Espaços Plásticos na Cidade: Um estudo antropológico sobre o projeto Esculturas Urbanas e os usos da arte no espaço urbano do Rio de Janeiro

Esta dissertação consiste na etnografia do projeto Esculturas Urbanas, uma proposta artística que instalou cinco esculturas de caráter permanente no centro da cidade do Rio de Janeiro, durante os anos de 1996 e 1997. O projeto contou com as obras de José Resende, Franz Weissmann, Amilcar de Castro, Waltercio Caldas e Ivens Machado, tendo como guia dois objetivos.

Terror e Resistência no Xingu

Em meados de 2015 os moradores das ilhas e margens do rio Xingu foram expulsos de seu território para dar lugar ao reservatório principal da usina hidrelétrica de Belo Monte. As casas foram demolidas, a vegetação cortada, as ilhas alagadas, a pesca deixou de ser uma atividade lucrativa e mesmo de garantir seu sustento.

O deslocamento forçado provocou dispersão social, ruptura econômica e violação de direitos que, associados às transformações ecológicas e espaciais, resultou na desfiguração do mundo, o que implica em pensar o deslocamento em sua dimensão ontológica.

A PRODUÇÃO DO LUGAR EM INHASSUNE (SUL DE MOÇAMBIQUE): MEMÓRIA, TRABALHO COMPULSÓRIO E POLÍTICAS DO TEMPO.

A presente dissertação versa sobre a história de Inhassune, uma povoação no distrito de Panda em Inhambane, sul de Moçambique, através de interpretações de memórias, narrativas e experiências sociais conhecidas no contexto de uma pesquisa de campo de perfil etnográfico.

Antropologia entre três mundos: Emilio Willems e a institucionalização da antropologia brasileira

Nesta dissertação, acompanho o processo de consolidação da antropologia no Brasil a partir da obra e dos intercâmbios acadêmicos de um pesquisador central para a institucionalização da mesma: Emilio Willems. Sendo o primeiro professor a ocupar a cadeira de antropologia na USP e tendo ocupado posições de destaque nas Ciências Sociais do país, Willems teve um percurso ímpar no desenvolvimento da disciplina.

A generosidade e suas refrações na oratura Guarani

Esta tese constitui uma contribuição ao estudo da oratura Guarani, com ênfase em sua cosmopolítica. Para tanto, contempla, em especial, o gênero cômico kaujo, em performances registradas nas aldeias Krukutu e Brilho do Sol, situadas às margens da Represa Billings, área de Mata Atlântica atingida pela degradação ambiental e pela ocupação regional. Tais ameaças territoriais e ambientais são tema privilegiado nas narrativas em pauta, em conexão com o conceito de "bem viver", fundamental na cosmopolítica Guarani.

A Comissão Parlamentar de Inquérito da FUNAI e do INCRA e direitos territoriais indígenas, tradicionais e camponeses em questão.

O que acontece quando o discurso conservador encontra o debate por terra? Instalada com base em requerimento apresentado por parlamentares integrantes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da FUNAI e do INCRA (2015-2016), assim como sua reedição, a CPI FUNAI e INCRA II (2016-2017), é parte e evidencia inflexões na conjuntura político-institucional brasileira, em que uma temporalidade ruralista figura entre os vetores organizadores do horizonte político e social, corroborando o acirramento de questões relacionadas à terra.