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Produção Acadêmica

'Síntese é a evolução final de toda a vida' uma análise sobre imaginários do futuro de humanos e máquinas a partir de Mass Effect

Tipo: Produção Bibliográfica
| Ano: 2022

Resumo

Este ensaio pretende analisar como são construídas projeções e concepções sobre o futuro, tomando como objeto o jogo digital Mass Effect. À luz da obra do filósofo Gilbert Simondon, demonstraremos que as perspectivas apresentadas no jogo, tanto em seu decorrer quanto em seu desfecho, são permeadas de representações contestáveis em relação ao progresso tecnológico, ora considerando-o como inerentemente hostil (tecnofobia/destruição), ora enquanto mera utilidade e extensão das ambições humanas (tecnofilia/controle). Além disso, buscaremos discutir como a saída encontrada pelos desenvolvedores a essa suposta escolha de Sofia não constitui, de fato, um contraponto à visão dual entre tecnofobia e tecnofilia. Afinal, a suposta síntese entre orgânicos e sintéticos, proposta por essa terceira via, não pressupõe nenhuma modificação substancial na relação desequilibrada entre cultura e técnica, e acaba corroborando, tal qual os outros desfechos, para um imaginário de competição entre o humano e a máquina.

Membros

MARIO AUGUSTO PEDROSO CARNEIRO
FABIANO GALLETTI FALEIROS