Antropologia Social

ANDAR “MAIS EU”: OS MODOS DE COMPOSIÇÃO ENTRE TERRA, CORRENTEZAS E POVOAÇÕES NA ILHA DO MASSANGANO, PE

Esta tese trata dos modos como os habitantes de uma ilha no sertão do rio São Francisco, de nome Ilha do Massangano, vivem as transformações de seus mundos diante do embarreiramento das águas ocasionado pela construção do complexo de barragens pela CHESF ao longo do leito do rio. Meu argumento é o de que com a contenção das águas e a subsequente frenagem da vazão do rio, as terras de vazante passaram a se movimentar menos, acarretando na alteração nos regimes de composição dos mundos ali contidos - em especial aqueles aos quais pertencem as entidades das almas e dos caboclos.

As redes da etnografia alemã no Brasil (1884-1929)

Entre 1884 e 1928 os etnólogos alemães Karl von den Steinen (1855-1929), Paul Ehrenreich (1855-1914), Herrmann Meyer (1871-1932), Max Schmidt (1874-1950), Theodor Koch-Grünberg (1872-1924), Fritz Krause (1881-1963) e Wilhelm Kissenberth (1878-1944) realizaram ao todo quinze expedições pelo Brasil e suas regiões fronteiriças com o objetivo de estudar os povos indígenas. Deste modo, povos falantes de línguas que pertencem aos troncos linguísticos Tupi e Macro-Jê, às famílias Aruaque, Iránxe, Karib, Makú, Pano, Trumai, Tikúna, Tukano e Yanomami foram visitados por eles.

Ulpanim de Tel Aviv: entre neossionismo e pós-sionismo

O presente trabalho baseou-se em dois trabalhos de campo na cidade de Tel Aviv (nos anos 2015 e 2017). Neste período realizei uma etnografia de dois ulpanim (plural de ulpan, a escola de hebraico concebida para ensinar aos novos imigrantes a língua nacional): Ulpan Gordon e Ulpan Neve Tzedek. Além disso também frequentei um curso em um “anti-ulpan”: o TINAU. Meu objetivo foi entender os significados de dois conceitos acadêmicos no ambiente pesquisado, nomeadamente, pós-sionismo e neossionismo.

A fotografia e a máscara: uma antropologia da imagem

Esta dissertação tem como objetivo fazer um exercício interpretativo da fotografia Civilian Defense (1942), do fotógrafo norte-americano Edward Weston. Partindo do pressuposto de que o ato de interpretar produz um tipo de complexidade através de oscilações de pontos de vista, como definido por Marilyn Strathern, no primeiro capítulo busco compreender a fotografia em relação ao contexto histórico e social de sua produção, assim como à trajetória de Edward Weston e as divergências interpretativas entre a concepção do próprio fotógrafo sobre seu trabalho e as de seus críticos.

IMAGINANDO UMA ANGOLA POS-COLONIAL: A CULTURA HIPHOP E OS INIMIGOS POLITICOS DA NOVA REPUBLICA

A história pós-colonial de Angola está dividida em três períodos de guerra civil (1975-2002) e a reconstrução nacional (2002 - presente). Nestas quatro décadas destacaram-se vozes de sujeitos que buscavam, por meio da arte, externar suas visões críticas sobre o contexto e suas perspectivas de mudança, dando continuidade ao percurso trilhado por artistas do período colonial que cantavam e poetizam seus sonhos de nação independente e autônoma.