IMAGINANDO UMA ANGOLA POS-COLONIAL: A CULTURA HIPHOP E OS INIMIGOS POLITICOS DA NOVA REPUBLICA

A história pós-colonial de Angola está dividida em três períodos de guerra civil (1975-2002) e a reconstrução nacional (2002 - presente). Nestas quatro décadas destacaram-se vozes de sujeitos que buscavam, por meio da arte, externar suas visões críticas sobre o contexto e suas perspectivas de mudança, dando continuidade ao percurso trilhado por artistas do período colonial que cantavam e poetizam seus sonhos de nação independente e autônoma. Desde o final da década de 1980 a cultura hiphop desponta em Luanda não apenas como uma forma de diversão e entretenimento, mas, principalmente, como meio de expressão e comunicação entre jovens sobre a realidade vivida no país e as expectativas de um futuro melhor. Os ativistas do movimento hiphop estão em constante diálogo com as produções culturais realizadas desde a luta pela libertação nacional e com os fatores históricos que refletem sobre o presente. Hoje, constituem-se como os principais contestadores do modelo político e das desigualdades existentes em Angola, sendo assim tratados como inimigos políticos da nova república. Nesta tese apresentamos o contexto histórico que possibilita a formação da cena hiphop em Angola, as fases percorridas por esse movimento e seu papel na disputa de imaginário e construção do projeto de sociedade atual.

Data da defesa: 
quinta-feira, 22 Agosto, 2019 - 18:00
Membros da Banca: 
Omar Ribeiro Thomaz - orientador
Ana Lucia Silva Souza - membro
Iracema Hilario Dulley - membro
Luiz Gustavo Freitas Rossi - membro
João Batista de Jesus Felix - membro
Mario Augusto Medeiros da Silva - suplente
Lucilene Reginaldo - suplente
Andreas Hofbauer - suplente
Nome do Aluno: 
Jaqueline Lima Santos
Sala da defesa: 
Sala de Tese 1