Publicações

Apresentação

Marxismo e produção de conhecimento em relações internacionais: introdução

Caio Bugiato, Luana Forlini, Mariana Davi Ferreira, Rafael Alexandre Mello

Artigos

Sociedade Rural Brasileira (SRB): mediação política e relações internacionais – a indústria pastoril exportadora brasileira (1920-1930)

Paulo Ignacio Corrêa Villaça

Anatomia de uma crise: globalização, neoliberalismo e extrema-direita no Brasil

Octávio Henrique Alves Costa de Oliveira, Marcos do Vale Araujo, Lucca Giannini Palermo Moreno Belfi

O banco mundial e a agenda educacional no Brasil: a escola na era das finanças

Poliana Garcia Temístocles Ferreira

O imperialismo hoje: Harvey, Wood e Lenin

Pedro Mattos

Poulantzas e o regionalismo latino-americano

Gustavo Botão

Foi a burguesia brasileira interna? : política externa, luta de classes e tensões interburguesas de escala nos governos do PT

Gabriel Lecznieski Kanaan

Economia política do refúgio: a experiência do acolhimento a venezuelanos/as no Brasil

Ariane Rego de Paiva

Uma perspectiva genealógica sobre a problemática: de Jacques Martin a Louis Althusser

Jean-Baptiste Vuillerod

A questão da via democrática ao socialismo

Jaime Osorio

Resenhas

Resenha da obra teoria das relações internacionais: contribuições marxistas, de Ana Prestes e Diego Pautasso

Caio Bugiato (Resenhista)

Entrevista

Diálogos entre marxismo e a área acadêmica de relações internacionais no Brasil: entrevista com Luis Manuel Rebelo Fernandes

Mariana Davi Ferreira, Rafael Alexandre Mello

Os movimentos autônomos europeus: entrevista com Sébastien Schifres

Breno Augusto de Oliveira Santos

Seção Livre

Nova República e classes médias no discurso de Abraham Weintraub: uma análise da ideologia neofascista

Arthur Salomão

Políticas neoliberais de Damares Alves: uma análise a partir da teoria da reprodução social

Isabela Hümmelgen

Disponivel em: https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/cemarx/issue/view/869

Era previsível. Dificilmente o debate sucessório deixaria de suscitá-la ao menos nos circulos mais informados da opinião.

Com efeito, a convergência entre o programa econômico do candidato presidencial preferido dos empresários e o pacote de políticas prescrito desde meados da década passada pelo FMI, o Banco Mundial e outras agências internacionais menos cotadas tornava inevitável a questão: como entender essa proposta e a  acolhida que ela encontra nos meios empresáriais? Expressões, ambas, de um consenso livremente formado pelas eleites nativas, capazes apesar de tudo de aprender com seus próprios fracassos? Ou aceitação subalterma de uma fórmula produzida e inculcada pelos protagonistas de uma economia -mundo em profunda transformação?

No que vem a seguir não abordaremos diretamente essa questão. Nos termos em que está posta, ela se presta perfeitamente a fins de polêmica, mas não convida um bom exercício de interpretação. Os fatos a justificam. Mas eles não são tão novos assim. Para compreendê - los precisamos nos distanciar por um instante da conjuntura presente e voltar nossos olhos para o momento histórico em que a mudança neles implicada ocorreu.

Deixamos de lero-lero. A verdade é que Marx, numa frase lapidar, deu o santo e a senha da Ciência Social: 'As formas de Estado, assim como as relações jurídicas, não se explicam por si mesmas nem pelo desenvolvimento geral do Espírito Universal, mas têm suas raízes na sociedade civil, e a anatomia da sociedade civil deve ser buscada na Economia Política".

Por meio desta formulação, Marx estava expressando a idéia geral da Economia Política como a sociologia do mundo moderno.

Nisto ele não se diferencia, nem dos fisiocratas, que procuravam descobrir a ordem natural da vida social numa econômica, nem dos economistas clássicos, como Adam Smith, Ricardo, Say, nem de outros mais, encontrados ainda no século xix, como Bastiat, Leroy-Beaulieu ou Molinari; ou ainda dos austríacos, como Menger, Bohn- Bawerk, Mises e Hayek.

Revista semestral de difusão e discussão da produção intelectual marxista em sua diversidade, bem como de intervenção no debate e na luta teórica.

Artigos

Crise múltipla e crise das relações entre os gêneros.

A "nova dialética" de Christopher Arthur e O Capital de Karl Marx: uma análise critica.

Rosa Luxemburgo: imperialismo, sobreacumulaçao e crise do capitalismo.

Gramsci e o "problema da tradutibilidade" na filosofia da práxis.

Dossie LEF, cinema e revoluação soviética

O debate da LEF.

Cinema e arte russa.

O (grupo) LEF e o cinema

Comentários

O espelho da memória: um debate com o revisionismo histórico em torno da ditadura.

O mito do fracasso econômico da URSS.

Entrevista

Para uma história do marxismo: passado e presente - Entrevista com André Tosel

Resenhas

Sobre a estrutura lógica do conetio de capital em Karl Marx [Helmut Reichelt].

A favor de althusser: revolução e ruptura na teoria marxista [Luiz Eduardo Motta].

A questão do direito em Marx [ Marcio Bilharinho Naves].

Revolução passiva e modo de vida: ensaio sobre as classes subalternas [Edmundo Fernandes Dias].

Marx, Mészaros e o Estado [Edivania Melo, Mariana Alves de Andrade e Maria Cristina Soares Paniago (Orgs.)].

História do povo na Revolução Portuguesa: 1974-75 [Raquel Varela].

Ditadura: o que resta da transição [Milton Pinheiro (Org.)].