Antropologia Social

Por meio da análise de processos judiciais e etnografia de sessões de audiências e julgamentos de casos de estupro em que o acusado é membro da família da vítima, o objetivo da pesquisa que deu origem a essa dissertação é compreender como os profissionais de direito (particularmente juízes, promotores e advogados(as)) confeccionam suas argumentações discursivas sobre crimes sexuais, produzindo tramas entre os diferentes membros da família no espaço da instituição judiciária.

Esta tese investiga práticas e sentidos do mundo do rodeio no Brasil. Tomando como ponto de partida a expressão arte do rodeio, considerada aqui como uma categoria nativa deste universo social, busca-se descrever e analisar processos, relações, representações e significados relacionados a esse mundo social do rodeio.

A partir de imagens construídas em duas experiências filmográficas, esta tese analisa o conceito de “patrimônio cultural imaterial” e busca uma articulação entre memórias e materialidades como método para conduzir a etnografia. A materialidade do imaterial é abordada por meio dessas experiências e à luz das tensões, possibilidades e dualidades presentes no campo do patrimônio. Utilizo como objeto de estudo minha própria trajetória como documentarista e, em especial, a realização dos documentários expandidos Cine Rabeca e Som dos Sinos.

O Manejo Participativo de Pirarucus (Arapaima spp.) constitui uma estratégia de conservação da espécie e de geração de renda para famílias de pescadores. Em um sistema de manejo interagem pirarucus, pescadores, cientistas e técnicos extensionistas, num ambiente de várzea amazônica. Agentes do Estado, comerciantes e chefs de cozinha tomam parte nas ações em outros níveis. Diferentes perspectivas tomam parte na atividade, o que faz do manejo uma interface que congrega diversos sistemas de conhecimento, com pressupostos particulares sobre como lidar com os peixes.

Esta tese dedica-se a etnografar as práticas de movimento e conhecimento dos habitantes de Trombas e Formoso, região norte do estado de Goiás. Busco compreender os sentidos, os caminhos, as ciências e as articulações que orientaram a luta pela terra empreendida por posseiros e posseiras na década de 1950. Para tanto, me importa pensar os contrastes, as modulações e os ritmos do andar das pessoas que ao percorrem paisagens e caminhos dão vazão a narrativas e memórias relativas aos tempos em que era tudo gerais.