A produção do conhecimento científico sobre os problemas ambientais em Países do Sul foi questionada por visões de cunho eurocêntrico, a partir das quais esse tipo de produção era vista como inexistente. A literatura produzida em Países da América Latina refuta essa ideia, mostrando que existem abordagens ricas do ponto de vista qualitativo e quantitativo. Mesmo com o exemplo dessas produções continua a dúvida sobre a extensão dessas em outros contextos dos países em desenvolvimento, em particular os africanos. Nessa linha,
a partir do estudo de caso moçambicano, procurou-se contextualizar e analisar a produção científica e seu papel na institucionalização da política ambiental. Essa reflexão é feita com recurso às ideias de “sociedade de risco”, “construção social do conhecimento” e o conceito pós-colonial de “entre-lugares”.