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As experiências dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo e de Porto Alegre, dos portuários de Santos, dos trabalhadores do setor químico no subúrbio paulistano e dos operários da cidade de São Paulo desde a década de 1930 até o golpe civil-militar de 1964 emergem das páginas deste livro como um contraponto às explicações tradicionais sobre o lugar dos trabalhadores e do movimento operário na sociedade e na políticabrasileiras. Os cinco ensaios que compõem a obra problematizam o conceito de “sindicalismo populista” e tornam mais complexas as análises sobre o corporativismo, o chamado paternalismo industrial e o nacional-desenvolvimentismo. Com base no estudo do cotidiano fabril, da organização operária nos sindicatos e no processo produtivo, da industrialização, dos movimentos migratórios, entre outras dimensões da vida dostrabalhadores, os autores contribuem para renovar a história da classe trabalhadora no Brasil.

Obs: Este e-book pode ser acessado no link: https://www.cecult.ifch.unicamp.br/publicacoes/colecao-sebo-eletronico

O trabalho aqui apresentado pretende analisar a instrumentalização do monumento Ara Pacis Augustae por Mussolini, nos anos de 1937 e 1938, a partir do Cinegiornale Luce, importante veículo de informações oficiais, em formato audiovisual, do governo para com a população. A pesquisa objetiva situar a reagrupação e o restauro dos fragmentos do altar, adjunto a sua reinauguração, em 23 de setembro de 1938, realizada pelo próprio Mussolini em decorrência do término das comemorações do Bimilenário do nascimento de Augusto; todos estes momentos aparecem bem marcados em quatro edições do Cinegiornale Luce B (1931-1940). Considera-se, aqui, que a figura da Ara Pacis é detentora de grande importância dentro do Culto della romanità no Ventennio fascista, em especial depois da proclamação do império, no contexto de equivalência do Duce com o Primo Imperatore. Sua instrumentalidade central, em diálogo com todos os componentes da Piazza Augusto Imperatore, é vinculada à noção de Pax romana e seu paralelo fascista: a “Pax Mussoliniana”. Uma das formas de divulgação em massa destes ideais, atrelada à política da imagem, foi por meio dos cinejornais produzidos pelo Istituto Luce. Tal empresa, pode, portanto, ser compreendida como parte de um mecanismo discursivo que buscou controlar o imaginário social. Deste modo, a relevância central de nosso trabalho consiste no exame crítico dos usos fascistas do monumento romano nos cinejornais em questão.

As experiências dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo e de Porto Alegre, dos portuários de Santos, dos trabalhadores do setor químico no subúrbio paulistano e dos operários da cidade de São Paulo desde a década de 1930 até o golpe civil-militar de 1964 emergem das páginas deste livro como um contraponto às explicações tradicionais sobre o lugar dos trabalhadores e do movimento operário na sociedade e na políticabrasileiras. Os cinco ensaios que compõem a obra problematizam o conceito de “sindicalismo populista” e tornam mais complexas as análises sobre o corporativismo, o chamado paternalismo industrial e o nacional-desenvolvimentismo. Com base no estudo do cotidiano fabril, da organização operária nos sindicatos e no processo produtivo, da industrialização, dos movimentos migratórios, entre outras dimensões da vida dostrabalhadores, os autores contribuem para renovar a história da classe trabalhadora no Brasil.

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Publicado em 1989, o livro Meninas Perdidas traz histórias de jovens mulheres dos setores populares da cidade do Rio de Janeiro, negras em sua maioria, entre 1904 e1911, um período chamado de Belle Époque. Essas histórias têm sempre o início marcado por uma ida à delegacia para o registro da queixa de defloramento. Com basenas alegações dessas jovens, nos depoimentos de seus familiares, testemunhas e acusados, bem como nos exames de corpo delito e nos processos criminais que foraminstaurados, a autora analisa o cotidiano do amor dos setores populares, seus valores, costumes, sentimentos e comportamentos sexuais. Discute também os embates entreestas jovens e suas mães com o aparato judicial, que procurava implementar projetos de civilização e controle moral nas primeiras décadas da república, por meio da atuação de policiais, juristas, juízes, promotores e advogados.

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