No último 31 de julho, a Reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ, em comum acordo com o Fórum de Diretores das Unidades Acadêmicas daquela Universidade, decidiu pela suspensão do início das aulas do segundo semestre do corrente ano.
Tal fato deu pela ausência de condições dignas para se continuar as atividades de ensino, pesquisa e extensão. A UERJ tem convivido com problemas que inviabilizam o convívio universitário, como atrasos salariais recorrentes (inclusive do 13o de 2016), degradação das condições de limpeza e segurança e fechamento do Restaurante Universitário.
A situação falimentar do governo do estado do Rio de Janeiro não explica essa realidade. Outros setores do funcionalismo daquele estado seguem operando com algum grau de normalidade. Entendemos que se trata de mais uma ação de ataque - talvez a mais direta e dura, ao menos por enquanto - contra a universidade pública e a comunidade científica brasileira.
A prevalecer a lógica neoliberal na política brasileira nos próximos anos, não temos dúvida que a educação superior pública e gratuita será um dos setores mais atacados. A situação na UERJ é apenas a mais grave. Universidades estaduais e federais pelo país todo veem-se em condições cada vez mais precárias de funcionamento e a permanência das atividades acadêmicas tem se dado a custa de sacrifícios cada vez maiores de estudantes, funcionários, docentes e trabalhadores e trabalhadoras terceirizadas.
A Congregação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp vem a público se solidarizar com a luta das e dos colegas da UERJ e da comunidade universitária do país, em resistência aos ataques à Universidade Pública brasileira. Vossa luta é nossa luta!
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