Biblioteca 'Octavio Ianni' exibe mostra com gravuras de Renina Katz

Data da publicação: sex, 18/10/2019 - 16h59min

A Biblioteca Octavio Ianni do IFCH apresenta a exposição inédita Subterrâneos da Liberdade, com gravuras da artista plástica Renina Katz, em cartaz até o dia 18 de outubro. A curadoria da exposição é do Prof. Dr. Gabriel Zacarias, do Departamento de Historia do IFCH, e da Profa. Dra. Luise Weiss, do Departamento de Artes Plasticas do Instituto de Artes. 

"O que nós estamos expondo são duas séries realizadas para dois livros, Subterrâneos da Liberdade de Jorge Amado, um livro que acabou sendo censurado, e outro é um livro de Cecília Meireles que ficou inacabado. As duas séries tem um certo ineditismo", explica o professor Gabriel Zavarias. "Na primeira série, Subterrâneos da Liberdade, uma parte das matrizes se perdeu. Temos aqui impressões a partir das gravuras que já existiam, e outra parte são gravuras que foram recuperadas pela artista. Já a série que foi feita para o livro da Cecília Meireles são gravuras feitas de matrizes inacabadas, e recuperadas na década de 90".

A mostra celebra a doação da biblioteca pessoal de Renina Katz para a Biblioteca Octavio Ianni. O acervo doado é composto de obras na sua maioria ligadas à arte, ciências sociais, filosofia, estética, Antropologia, bem como Literatura. A coleção doada possui cerca de 890 títulos com 1.190 exemplares.  



Renina Katz Pedreira nasceu no Rio de Janeiro em 1925 e atuou como gravadora, desenhista, ilustradora, professora. Formada na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro e Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, tendo como professores, entre outros, Henrique Cavalleiro (1892-1975) e Quirino Campofiorito (1902-1993). Inicia-se em xilogravura com Axl Leskoschek (1889-1975), em 1946. Incentivada por Poty Lazzarotto (1924-1998), ingressa no curso de gravura em metal, oferecido por Carlos Oswald (1882-1971) no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro. 

Em 1951 Renina katz se muda para São Paulo e leciona gravura no Museu de Arte de São Paulo (Masp) e na Fundação Armando Álvares Penteado, até a década de 1960. Em 1956, publica o primeiro álbum de gravuras, intitulado Favela. A partir dessa data, é docente da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), onde permanece por 28 anos.