O caso-laboratório da URSS (1928-1938): arte e farsa de massa; capitalismo e trabalhos forçados

A tese aborda a pintura de oposição ao regime elaborada na URSS durante o I e o II planos quinquenais (1929-1937). A investigação objetivou mapear e analisar as obras produzidas nesse período por artistas oriundos dos círculos de vanguarda russos – como K. Maliévitch (1879-1935), S. Nikritin (1898-1965), A. Drevin (1889-1938) e os artistas do grupo Realismo Pictórico Plástico (1929-1934). As obras desses pintores foram confrontadas com o discurso oficial e a imposição do realismo socialista (1934); e com os processos de formação dos kolkhozes (fazendas-coletivas, segundo o governo) (1929-1932), de intensificação do despotismo fabril (1929-1934), e de construção de dispositivos de extração forçada de trabalho em grandes canteiros de obras, como o do Canal do Mar Branco (1933). Além disso, a pesquisa examinou as condutas e distintas práticas artísticas ante a formação de uma cultura de massas na URSS e o recrudescimento da repressão – que culminou nos Processos de Moscou (1936-1938), e apresentou-se associada a obras faraônicas, como a renovação urbana de Moscou, e a criação de uma cultura de consumo, condizente com a nova escala produtiva da URSS, convertida em nova potência industrial mundial, após os Estados Unidos (Mandel [1986], 2019, p. 45).

Data da defesa: 
terça-feira, 30 Janeiro, 2024 - 14:00
Membros da Banca: 
Prof. Dr. Luiz Renato Martins (Presidente)
Profa. Dra. Cristina Antonioevna Dunaeva - Universidade de Brasilia
Prof. Dr. Álvaro Gabriel Bianchi Mendez - IFCH/ UNICAMP
Profa. Dra. Bruna Della Torre de Carvalho Lima - UNICAMP
Profa. Dra. Ângela Mendes de Almeida - Pontíficia Universidade Católica de São Paulo
Programa: 
Nome do Aluno: 
Thyago Marão Villela
Sala da defesa: 
Sala de Projeção