A (DE) FORMAÇÃO DAS ALMAS: FRUSTRAÇÃO E ADOECIMENTO DOS DIRETORES DE ESCOLA...
Resumo
O presente capítulo tem como finalidade trazer para o debate algumas
reflexões acerca da potencialização da burocratização causada pelos processos
de gerencialismo no interior das escolas de educação básica da Rede de Ensino
do Município de São Paulo e suas relações com a mobilização psíquica e o
consequente fomento dos processos de frustração e adoecimento das diretoras
que trabalham nessa esfera da educação pública paulistana.
O estudo se pauta na compreensão de que não estamos apenas diante de
sofisticadas maneiras de administrar as instituições, mas, entendendo os mecanismos
de gerenciamento e de controle burocrático em curso, como o produto
acabado de decisões políticas, mediadas pelas relações entre o mundo do
trabalho e a educação, expressando na cotidianidade escolar as mudanças estruturais
impulsionadas pelas formas de organização material do capitalismo.
Os dados que sustentam a pesquisa, em curso, pautam-se nos levantamentos
realizados pelo Sindicato dos Especialistas do Ensino Público Municipal
de São Paulo (Sinesp) entre 2007 e 2020 e, nos depoimentos de três diretoras,
desta que é uma das mais significativas redes de ensino do país.
Os pressupostos teórico-metodológicos que sustentam a investigação alicerçam-
se nas considerações de Dejours (2007) acerca da dupla dimensão do trabalho
(cura e alienação) e sua capacidade de causar sofrimento; nas proposições O presente capítulo tem como finalidade trazer para o debate algumas
reflexões acerca da potencialização da burocratização causada pelos processos
de gerencialismo no interior das escolas de educação básica da Rede de Ensino
do Município de São Paulo e suas relações com a mobilização psíquica e o
consequente fomento dos processos de frustração e adoecimento das diretoras
que trabalham nessa esfera da educação pública paulistana.
O estudo se pauta na compreensão de que não estamos apenas diante de
sofisticadas maneiras de administrar as instituições, mas, entendendo os mecanismos
de gerenciamento e de controle burocrático em curso, como o produto
acabado de decisões políticas, mediadas pelas relações entre o mundo do
trabalho e a educação, expressando na cotidianidade escolar as mudanças estruturais
impulsionadas pelas formas de organização material do capitalismo.
Os dados que sustentam a pesquisa, em curso, pautam-se nos levantamentos
realizados pelo Sindicato dos Especialistas do Ensino Público Municipal
de São Paulo (Sinesp) entre 2007 e 2020 e, nos depoimentos de três diretoras,
desta que é uma das mais significativas redes de ensino do país.
Os pressupostos teórico-metodológicos que sustentam a investigação alicerçam-
se nas considerações de Dejours (2007) acerca da dupla dimensão do trabalho
(cura e alienação) e sua capacidade de causar sofrimento; nas proposições
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