Sobre as resistências cotidianas: a contribuição de James C.Scott para os estudos do trabalho. DIÁLOGOS CRíTICOS: O pensamento estrangeiro e a sociologia do trabalho no Brasil
Resumo
Com o propósito de suscitar a recepção de uma obra, ou autor, no interior de uma comunidade interpretativa, no caso em tela a sociologia do trabalho brasileira, somos tentados a, pelo menos em princípio, encontrar leitores e usos dos elementos conceituais e metodológicos presentes na referida obra que teriam sido incorporados, ou encontrar aderência, por outros pesquisadores em suas agendas. Se há vinculações, digamos, mais diretas, entre a obra e o campo temático em que se insere, este não parece ser o caso do livro que nos coube tratar nesse capítulo: “Weapons of the weak: everyday forms of peasant resistance”, doravante referida como “Weapons of the weak”, de James C. Scott (1985). A amplitude dos modos de assimilação dessa obra entre pesquisadores de vários temas e disciplinas, por si só um dado interessante, não nos impedirá, ao que esperamos, de arguir em favor da fertilidade analítica dos aspectos teórico-metodológicos ali contidos para os estudos do trabalho...
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