REVISIONISMO, MEMÓRIA E ENSINO DE HISTÓRIA DA DITADURA CIVILMILITAR
Resumo
Há uma década, durante o governo Dilma Rousseff (2011-2016),
a CAPES buscou implementar, como política pública nacional, os mestrados
profissionais em diferentes áreas da licenciatura, tendo como público-alvo os
professores da educação básica atuantes nas redes públicas de ensino, com
o objetivo de fomentar a formação continuada dos docentes em atividade
e melhorar a qualidade do ensino nas escolas brasileiras. Assim, em 2012,
um grupo de professores de diferentes universidades do estado do Rio de
Janeiro se reuniu para criar o primeiro mestrado profissional em História,
que foi desenvolvido como um programa em rede nacional. Em 2014,
o Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória) teve sua primeira
turma de alunos ingressantes distribuídos entre seis universidades do Sudeste
(UFRJ, UERJ, UNIRIO, UFRRJ, UFF e PUC-Rio), cinco do Sul (UFRGS,
FURG, UFSM, UDESC e UFSC) e uma do Norte (UFT). Atualmente,
o programa já conta com 39 instituições de ensino superior, em todas as
regiões da federação, e mais de 780 professores mestres diplomados com
dissertações que refletem diretamente sobre questões ligadas à prática docente
e ao “chão da escola”. Trata-se de um esforço de pesquisa gigantesco que tem
impacto direto na melhoria da educação básica e na formação docente, além
de aproximar as reflexões ocorridas na escola e na universidade de modo a
desconstruir hierarquias de saberes. As transformações e os impactos gerados
pelo ProfHistória na vida de alunos e professores ainda precisam ser mais
bem estudados, mas seus objetivos primeiros foram amplamente alcançados.
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