POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA E EXTENSÃO RURAL (PNATER): FIM DE UM CICLO?
Resumo
A Pnater representou um esforço do Estado brasileiro em retomar uma agenda nacional de extensão rural. Concebida de forma participativa, seu escopo direciona para uma explícita e consistente perspectiva contra-hegemônica que o Estado brasileiro teria que implementar. A hipótese que norteia as análises e reflexões apresentadas neste artigo é que fatores estruturais e conjunturais do Estado brasileiro sistematicamente impediram que a Pnater cumprisse seus ambiciosos objetivos. A partir do referencial de ciclo de políticas, o artigo apresenta uma sistematização do ciclo da Pnater a partir de dados secundários. Conclui-se que as inovações contra-hegemônicas propostas pela Pnater foram sendo paulatinamente desconsideradas ou colocadas em segundo plano. O artigo aponta para a necessidade de um reenquadramento progressista da Pnater com vistas a galgar maior legitimidade junto à sociedade em geral.
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