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Produção Acadêmica

Do bode expiatório ao bode conselheirista: notas para pensar vida e guerra em Canudos

Tipo: Produção Bibliográfica
| Ano: 2022

Resumo

O cerco a Canudos e o sucessivo massacre de aproximadamente 20 mil pessoas que dissolveu a segunda maior concentração urbana da Bahia no final do século XIX segue figurando como uma imagem potente para pensar o momento atual dos conflitos por terra no Brasil. O fluxo entre passado e presente que constitui essas imagens, em especial o modo como são repetidas e proliferadas, retroalimentando a articulação entre as formas de ocorrência de um evento e as formas de narrá-lo, são o ponto de partida deste texto. Diante de um encontro com bodes descendentes conselheiristas, procuro perseguir diferentes figurações deste animal e, em paralelo, busco atentar para como determinadas abstrações, tais como progresso, civilização, natureza, humano e trabalho vão limitando, ao estilo do cercamento concreto a Canudos, as formas de narrar o evento. Com isso, busco responder algumas perguntas: Que histórias sobre Canudos podem contar a presença dos bodes conselheiristas? Sobre o que fala o silêncio histórico dos bodes? De que maneira contar uma estória com bode dentro pode fazer ressoar formas alternas de reabilitar Canudos?

Membros

MARIANA CRUZ DE ALMEIDA LIMA