DOENÇAS INFECCIOSAS NO CONTEXTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DA VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Resumo
Os estudos associando às mudanças climáticas e asaúdeforamdefinidoscomo um campo de pesquisa oficial e de atuação nos anos 90, e, desde então, eles vêm aumentando significativamente, assim como a consciência sobre a influência da variabilidade climática e dos eventos extremos no surgimento de doenças infecciosas. Com isso, este estudo teve o objetivo de demonstrar a relação entre as doenças infecciosas relatadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), epidêmicas e pandêmicas, com as alterações climáticas e ambientais, destacando ainda a questão da vulnerabilidade socioambiental. Para tanto, foi utilizada uma revisão integrativa da literatura, contemplando estudos acadêmicos, como teses e artigos publicados entre os anos de 1991 a 2021, além de documentos nacionais e internacionais. Ao todo, revisou-se um conjunto de amostra de 81 trabalhos (n=81) e os resultados destacaram um padrão quanto ao surgimento e ao reaparecimento de doenças infecciosas que indicam o vínculo delas com a pressão das mudanças climáticas e ambientais sobre o meio, especialmente em regiões mais vulneráveis da Ásia e da África. Sugeriu-se, nesse contexto, a adoção de medidas de adaptação ao clima para diminuir a pressão sobre os recursos naturais, atenuar os riscos ambientais e, consequentemente, os impactos econômicos, sociais e de saúde. Dessa forma, esse trabalho contribui ao campo de pesquisa de saúde e mudanças climáticas, ao pontuar os fatores ambientais, climáticos e, até mesmo, sociais, relacionados ao surgimento de algumas das doenças que foram, ou são, epidêmicas ou pandêmicas, e, a partir dos quais, é possível desenvolver medidas de mitigação e adaptação a serem implementadas em contexto local, especialmente nas regiões mais vulneráveis.
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