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Produção Acadêmica

A NATUREZA EM GYÖRGY LUKÁCS E ALFRED SCHMIDT: REFLEXÕES MARXISTAS NO INÍCIO DO ANTROPOCENO

Tipo: Produção Bibliográfica
| Ano: 2024

Resumo

O  artigo  apresenta  uma  contraposição  crítica  de  duas  interpretações  sobre  as  reflexões  marxianas acerca  da  natureza  nos  anos  1960,  feitas  por  György  Lukács  e  Alfred  Schmidt.  Argumenta  que  as  posições  de Schmidt  sobre  a  natureza  incorrem,  em  última  instância,  em  um  construtivismo  literal  que  a  perspectiva ontológica de Lukács foi capaz de evitar. Por outro lado, o texto argumenta que Lukács faz uma generalização da   teoria   do   valor   marxiana   que   obstaculiza   a   cognição   histórica   dos   diversos   metabolismos   sociais, diferentemente   da   interpretação   mais   historicizada   do   valor   feita   por   Schmidt,   que   tece   importantes considerações sobre a relação capitalista com a natureza. Argumenta ainda que ambas as posições, ao voltarem-se para a perspectiva marxiana de uma sociedade emancipada, não apenas se afastam das colocações de Marx, mas incorrem no que a sociologia ambiental classificou como “isencionalismo”. Por fim, busca mostrar como as teorizações  de  István  Mészáros  e  da  chamada  Escola  da  Ruptura  Metabólica  reenquadram  proficuamente  os aspectos positivos e as limitações das interpretações de Schmidt e Lukács

Membros

MURILLO AUGUSTO DE SOUZA VAN DER LAAN
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS