CONSUMO DE DROGAS SINTÉTICAS POR GRADUANDOS DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS
Resumo
Objetivo: apresentar a prevalência do uso de drogas sintéticas (dietilamina de ácido lisérgico – LSD, e ecstasy) e fatores associados entre universitários. Metodologia: estudo quantitativo, transversal, recorte de pesquisa sobre perfil sociodemográfico, vida universitária, saúde mental e identidade psicossocial. Aplicou-se questionário anônimo e presencial a estudantes de graduação de uma universidade pública brasileira. O uso no último ano de sintéticos foi analisado em relação ao gênero, à sexualidade, ao nível socioeconômico, ao rendimento acadêmico, à violência interpessoal/sexual, à saúde mental, ao uso de substâncias psicoativas e à qualidade de vida. Utilizou-se método de análise bivariada e multivariada utilizando os pacotes Statistical Package for the Social Sciences e R software. Resultados: 6.906 estudantes participaram do estudo; destes, 8,3% usaram LSD; 7,9%, ecstasy; e 10,8%, LSD e/ou ecstasy no último ano. Uso de sintéticos associou-se ao uso de cocaína (OR 4,90), uso frequente de maconha (OR 6,83) e uso de solventes (OR 8,11). Houve associação com ser de minorias sexuais, maior nível socioeconômico, pior rendimento acadêmico, violência sexual quando intoxicado e melhor pontuação em escala de qualidade de vida. Menor associação com sexo masculino e pior saúde mental. Conclusão: observaram-se elevadas taxas de uso de sintéticos nesta população e os fatores associados ao uso podem auxiliar nas estratégias de abordagem dirigidas no contexto universitário.
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