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Produção Acadêmica

TRAJETÓRIAS DE VIDA E ASPIRAÇÕES: MOTIVOS NÃO-ECONÔMICOS DE MOBILIDADE RESIDENCIAL PARA ÁREAS DE RISCO AMBIENTAIS NAS METRÓPOLES BRASILEIRAS

Tipo: Produção Bibliográfica
| Ano: 2024

Resumo

Este artigo discute a relação entre as mudanças estruturais da população brasileira, considerando as vulnerabilidades sociodemográficas dentro do contexto metropolitano, focando na distribuição espacial e na ocupação de áreas de risco ambiental. O rápido declínio das taxas de fecundidade no Brasil, associado com a mudança na composição dos domicílios, é resultado de mudanças demográficas, tais como: o adiamento do casamento e do primeiro filho, o aumento no número de domicílios unipessoais, aumento da escolaridade – especialmente das mulheres. Todas essas transformações levam para um novo contexto urbano-regional, na qual a dinâmica da mobilidade residencial tem aparecido como um fenômeno importante de ser observado. As mudanças que tem aparecido nesse tipo de deslocamento tem alterado a distribuição das populações em grandes cidades e corroborando para a ocupação em áreas de risco ambiental. Para alcançar os objetivos propostos, o estudo se apoia na utilização de um banco de dados qualitativo-quantitativo derivado do projeto MigraFamília, que realizou entrevistas em 451 domicílio na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), Espírito Santo. Este banco de dados será utilizado para analisar a dinâmica da mobilidade residencial das famílias, levando em consideração a sua vulnerabilidade à pobreza. Os dados permitirão compreender a trajetória residencial dentro do contexto familiar e, além disso, identificar as aspirações por novas mobilidades residenciais. Esperamos assim, conhecer, com base na análise das trajetórias de vida, as motivações não-econômicas para a mobilidade residencial em direção as áreas de risco, ao mesmo tempo, também buscaremos formular proposições capazes de contribuir para o aprimoramento de ações relacionadas à redução de riscos no contexto das mudanças climáticas e das mutações ecológicas. A ideia é gerar uma nova forma de pensar nos fatores de aspiração futura para mobilidade associadas com as questões socioambientais.

Membros

Ednelson Mariano Dota
RENNAN MORAES RODRIGUES
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO