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Produção Acadêmica

MOBILIDADE RESDENCIAL E DINÂMICA TERRITORIAL: ANÁLISE COMPARATIVA DAS RMS DE CAMPINAS E VITÓRIA

Tipo: Produção Bibliográfica
| Ano: 2024

Resumo

A mobilidade residencial é fenômeno central para a dinâmica urbana nas grandes aglomerações, pois está fortemente relacionada com a expansão urbana, com as segregações socioespaciais que se conformam ao longo do tempo, e com a própria geografia da população metropolitana. É o resultado da mobilidade residencial, ao longo do tempo, que explica a estruturação do espaço, sua expansão e os resultados em termos de desigualdades sociais e territoriais. Por isso, compreender os mecanismos explicativos da mobilidade residencial representa uma possibilidade de atuar e modificar as desigualdades socioespaciais e sua produção e reprodução em termos espaciais. O objetivo desta proposta é analisar a diferenciação da mobilidade residencial em contexto metropolitano, considerando como as mudanças ao longo do tempo na dinâmica dos fluxos é representativo das transformações territoriais em curso nestas regiões. Para tanto, serão analisadas comparativamente as Regiões Metropolitanas de Campinas e Vitória, no Brasil, que apresentam dinâmica diferenciadas entre si pelo contexto territorial a que estão imersos mas, ao mesmo tempo, estão entre as que seguem apresentando crescimento demográfico segundo o Censo de 2022. Essa análise visa identificar padrões que se assemelham e se diferenciam do fenômeno a partir das áreas de expansão voltadas à habitação, que criam novos fluxos ao mesmo tempo em que seguem uma lógica de manutenção da acessibilidade ao mercado de trabalho regional. Nessa abordagem, a partir do lugar de moradia e das condições socioeconômicas e demográficas, pode-se refletir sobre as características socioespaciais na conformação dos movimentos, de um lado, e do espaço urbano e suas transformações, num contexto mais geral. Por mobilidade residencial, olhamos as trocas de residência que ocorrem dentro do contexto urbano de uma grande aglomeração. Seguindo a perspectiva de Módenes (2008), entendemos que a diferença entre mobilidade residencial e migração se dá pelo fato de que, no primeiro, há conhecimento sobre o território e, portanto, as decisões são tomadas dentro das possibilidades e já considerando reflexos no cotidiano individual, cujas decisões, moldadas pelas características territoriais pré-existentes, modificam a dinâmica territorial na escala regional. No contexto brasileiro e latino americano, abordagens que colaboram na construção dessa reflexão derivam de Cunha (1994; 2018); Matos (2005), Silva e Rodrigues (2010), Sobrino (2010) dentre outros. 

Membros

Ednelson Mariano Dota