IMAGENS EMERGENTES: ANTROPOLOGIA E (RE)MONTAGENS DE ARQUIVOS AUDIO-VISUAIS
Resumo
O GT busca reunir pesquisas que tem debruçado sobre os modos de reinvenção de arquivamento, circulação e produção de imagens e sons como agentes produtores de territórios existenciais, memória e imaginação política. Nesse GT, acolheremos discussões teórico-metodológicas que evidenciam a criação de arquivos emergentes e contra-arquivos fotográficos e audiovisuais como formas de resistência e de (re) montagens de histórias. Em tempos de acúmulos de arquivos empoderados como os da "ciência", ou de “arquivos ordinários” - que por vezes se confundem como amontoados de descartes anônimos, “arquivos órfãos” (Bruno 2016; 2019) -, a intenção é problematizar os destroços, os restos e os “inarquiváveis” (Mbembe, 2002). Os arquivos são, como ressalta Georges Didi-Huberman, “uma massa geralmente inorganizada de início – que só se torna significante ao serem pacientemente elaborada” (Didi-Huberman, 2012). E a remontagem de imagens é capaz de provocar reconexões entre os tempos da história e os desejos de formar outros “arquivos do futuro” (Guarín e Cabrera, 2020). O GT enseja problematizar a “montagem” e “remontagem” de imagens e sons como territórios vivos,de conhecimento e entrelaçamentos entre antropologia e ciência pública. Enseja-se ainda debater trabalhos que se dediquem a produções indígenas, quilombolas, afrolatinas, LGBTQIA+, entre outros coletivos e corpos plurais, que se aliem aos audiovisuais para repensar a história e mostrar outros modos de existir e re-existir.d
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