O presente estudo tem como objetivo analisar os contornos que assume a divisão sexual do trabalho nas atuais formas de organização da indústria de confecção a partir da inserção dos homens nas atividades de costura. Pretende-se compreender o que na experiência do Polo do Agreste de Pernambuco pode nos indicar a permanência (ou não) de uma clássica discriminação entre homens e mulheres ou se a presença destes nesse espaço provoca algum tipo de deslocamento nesse padrão.
A abordagem encontra-se centrada na análise do cotidiano de trabalho de homens e mulheres no interior dos empreendimentos produtivos de confecção e lavanderia situados nas cidades de Caruaru, Santa do Capibaribe e Toritama. Apontamos a existência de uma reelaboração da dinâmica de “trabalho de homem” versus “trabalho de mulher”, ora mantendo e reforçando padrões de exploração e opressão, ora apontando para deslocamentos desses padrões discriminatórios.
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