O objetivo dessa tese é analisar as políticas exteriores do Brasil e da China no âmbito das mudanças climáticas. O estudo não é comparativo, o que seria inviável em decorrência das diferenças entre os dois países. A mudança climática é resultado das ações da humanidade no planeta, o Antropoceno, originando diversos riscos ambientais, não conhecidos em sua magnitude. A mitigação dos riscos climáticos perpassa pela cooperação entre os Estados, com adoção de políticas nacionais visando à redução das emissões dos gases do efeito estufa. Cada país deve avaliar e indicar políticas externas e domésticas no intuito de cooperar e reduzir os riscos das mudanças climáticas. No caso do Brasil e da China, ambos demonstraram transições positivas nas negociações climáticas internacionais, com adoção de metas voluntárias em 2009. Esse estudo analisa o período posterior, entre 2011 e 2019, com os diferentes presidentes. No caso brasileiro, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro. E nos governos de Hu Jintao e Xi Jinping na China. A tese busca o entendimento dos fatores nacionais e internacionais, na transição das políticas externas dos dois países. As mudanças presidências indicaram modificações nas políticas climáticas, em diferentes magnitudes. Na análise do Brasil, ascendendo no governo Bolsonaro uma ruptura negativa, com o país rompendo sua tradição colaborativa e científica de sua política externa climática. Na China ocorre a ascendência positiva, com o país atuando mais positivamente no plano internacional e doméstico. O país tem modificado seu principal setor de emissões, o energético. O Brasil tem reduzido seu empenho na redução do desmatamento, imprescindível para mitigar suas emissões.