Neste trabalho, estudei as ações judiciais que chegaram ao Supremo Tribunal de Justiça na segunda metade do século XIX no Brasil, quando pessoas de cor eram presas como escravas e buscavam redefinir seu estatuto jurídico via recursos de habeas corpus (HC). O objetivo principal é compreender as lógicas de reescravização dentro do contexto de aumento da regulação da propriedade escrava — devido o declínio do tráfico transatlântico —, considerando tanto a longa duração da história da liberdade no Novo Mundo quanto os efeitos da política negreira para o exercício da cidadania entre os sujeitos livres de cor. A pesquisa também explorou os significados sociais subjacentes ao uso de termos raciais na documentação que regulamentava os abusos de violência e as prisões ilegais, para ressaltar as reivindicações dos indivíduos de cor pela cidadania prevista na Constituição de 1824.
Reescravização e prática do habeas corpus no Brasil do século XIX: liberdade civil, política negreira e o constrangimento ilegal do cativeiro
Data da defesa:
quarta-feira, 28 Agosto, 2024 - 14:00
Membros da Banca:
Aldair Carlos Rodrigues - Orientador (UNICAMP)
Andrei Koerner (UNICAMP)
Mariana Armond Dias Paes (Max-Planck-Institut für Europäische Rechtsgeschicht /Frankfurt)
Programa:
Nome do Aluno:
Julia Aquino
Sala da defesa:
Sala de Defesa de Teses - IFCH/UNICAMP