Esta pesquisa está centrada nas décadas de 1880 e 1890. Pretende-se investigar o contexto literário nacional no momento de transição entre a Monarquia e a República, problematizando o fato de que até agora apenas encontrarmos análises que exploram e destacam a grande atuação literária e política dos “homens de letras” nesse período. Propõe-se, portanto, uma pesquisa que conecta e articula “mulheres de letras”, centrando a análise prioritariamente em Maria Ignez Sabino Pinho Maia (1853-1911), Maria Benedicta Câmara Bormann [Délia] (1852-1895) e Josephina Álvares de Azevedo ou Zefa (1851-1913), todas atuantes na imprensa feminista e na de grande circulação na Corte e na Capital Federal. A imprensa, portanto, foi o campo no qual se estabeleceu uma rede de contatos entre “mulheres de letras” do Rio de Janeiro e de várias partes do Brasil e do mundo, notadamente Europa e Estados Unidos. A literatura produzida no espaço dos jornais do Rio de Janeiro promove a possibilidade da investigação dos significados de projetos políticos e literários de agentes históricos, geralmente marginalizados, as mulheres, que utilizaram a literatura como via de reivindicação de direitos políticos, numa sociedade recém egressa da escravidão e da Monarquia, suscitando um debate mais amplo sobre a importância na imprensa feminista em âmbito transnacional.
Dos projetos literários dos “homens de letras” à literatura combativa das “mulheres de letras”: imprensa, literatura e gênero no Brasil de fins do século XIX
Data da defesa:
quarta-feira, 30 Junho, 2021 - 14:00
Membros da Banca:
Sidney Chalhoub - Presidente (UNICAMP)
Raquel Gryszczenko Alves Gomes (UNICAMP)
Ana Flávia Magalhães Pinto (UnB)
Cristiana Schettini Pereira (Universidade Nacional de San Martin)
Rodrigo Camargo de Godoi UNICAMP)
Programa:
Nome do Aluno:
Laila Thaís Correa e Silva
Sala da defesa:
Integralmente a Distância